quarta-feira, 30 de junho de 2010

Olimpíada e Copa trazem prejuízo social

COMENTÁRIO DESTE BLOG: O povo trouxa que torceu para que a copa de 2014 e a olimpíada de 2016 fossem no Brasil, pelo jeito não quer melhoria de vida. Quer circo completo, com mágicos, malabaristas e toda a bicharada. Só que neste circo, os palhaços são a própria platéia, cujos micos decorrentes de sua ingenuidade fazem a elite de políticos e empresários darem suas grandes risadas.

Não tem pão, come-se o circo, ora. Mas quem pagará a conta do pão que não foi comido, hein?

Olimpíada e Copa trazem prejuízo social

Publicado por Comunicação [comunicação] em 10/3/2010
Reportagem de Jamil Chade publicada n´O Estado de S. Paulo no dia 5 de março

A organização de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos causou a expulsão de milhares de pessoas de suas casas e, na grande maioria dos casos, teve impacto negativo sobre a situação de moradia para a população. A conclusão é da ONU, que apresenta hoje, em Genebra, seu primeiro relatório completo sobre o impacto de megaeventos esportivos sobre a vida das pessoas nas cidades que os sediam e desfaz o mito de que apenas trazem benefícios à população.

No caso do Rio de Janeiro, alerta o estudo, a ameaça de expulsão de moradores de áreas que serão usadas para os Jogos de 2016 é real e o governo terá de dar uma solução.

O trabalho de elaboração do levantamento coube a uma brasileira, Raquel Rolnick, relatora das Nações Unidas para o Direito à Moradia e hoje uma das principais especialistas mundiais na questão. A ONU buscou contato com a Fifa para tratar do assunto. Sequer foi recebida. “Experiências passadas mostram que projetos de reurbanização adotados para a preparação de eventos resultaram em violações extensivas de direitos humanos, em especial o direito à moradia”", alertou Rolnick em seu documento, que será apresentado hoje a governos de todo o mundo.

Expulsões, encarecimento de moradia, falta de alternativas e pressão sobre os mais pobres, que acabam empurrados para as periferias, têm sido algumas das marcas mais características das Copas e Jogos Olímpicos. Para a brasileira, os benefícios econômicos desses eventos não são distribuídos de forma adequada à população e o legado “é longe de ser positivo”". “Velhas disparidades parecem se exacerbar diante de um processo de regeneração e embelezamento das cidades”", afirma. “As consequências de longo prazo de megaeventos incluem fatos preocupantes.”"

Os exemplos citados pela ONU são inúmeros. Em Seul, em 1988, a Olimpíada afetou 15% da população, que teve de buscar novos locais para morar – 48 mil edifícios foram destruídos. Em Barcelona, em 1992, 200 famílias foram expulsas para a construção de novas estradas. Em Pequim, a ONU admite que 1,5 milhão de pessoas foram removidas de suas casas. A expulsão chegou a ocorrer em plena madrugada. Moradores que se opunham foram presos.

Outra constatação é a alta nos preços de casas. Em Seul, a inflação foi de 20% nos oito meses anteriores aos Jogos. O preço da terra subiu 27%. Em Barcelona, a alta foi de 131% nos cinco anos antes da Olimpíada, contra mais de 50% em Sydney. Em Atlanta, 15 mil moradores foram expulsos de suas casas em 1996 e a inflação no setor imobiliário passou de 0,4% para 8% no ano dos Jogos.

Para Londres/2012, as áreas próximas aos locais dos eventos já sofrem inflação quatro vezes maior que a média nacional.

Em relação à Copa da África, a relatora alerta que os compromissos do governo de proporcionar ganhos sociais com o evento não estão se confirmando. O orçamento para isso é baixo e a Fifa sequer aceitou falar com Raquel sobre o assunto. A ONU pede que a entidade modifique seus critérios para a escolha da sede das próximas Copas. Não houve resposta.
JOGOS DE 2016

Para a Olimpíada do Rio, a ONU já alerta para possíveis violações ao direito à moradia. Um dos problemas seria a Vila do Autódromo, que poderia ter seus moradores expulsos para as obras do evento. Outra preocupação é com relação à falta de informação sobre compensações que moradores de algumas áreas terão de receber.

OS IMPACTOS NA HABITAÇÃO
1988 - Olimpíada de Seul
Em Seul, 15% da população foi violentamente expulsa e 48 mil edifícios foram demolidos em 1988 durante a preparação dos Jogos Olímpicos. A especulação imobiliária aumentou em mais de 20% o valor dos apartamentos e em mais de 27% o de terrenos

1992 - Olimpíada de Barcelona
Duzentas famílias foram despejadas para abrir caminho para a construção de novas rotatórias e outras adaptações urbanísticas antes do Jogos Olímpicos de 1992. A especulação imobiliária em torno dos Jogos resultou num aumento de 131% no preço dos imóveis

1994 - Copa do Mundo dos Estados Unidos
Em Dallas, cerca de 300 pessoas foram expulsas de suas residências por causa da preparação para a Copa do Mundo 1994

1996 - Olimpíada de Atlanta
Em Atlanta, em torno de 15 mil residentes de baixa renda foram expulsos da cidade por causa dos Jogos. Cerca de 1.200 unidades de habitação para os pobres foram destruídas em nome dos Jogos

2000 - Olimpíada de Sydney
Em Sydney, os relatórios indicam que cerca de 6 mil pessoas foram desalojadas na preparação para os Jogos Olímpicos de 2000. A especulação imobiliária em torno dos Jogos elevou em 50% o preço dos imóveis

2008 - Olimpíada de Pequim
Projeto envolveu realocação de moradores em larga escala. Foram relatadas denúncias sobre despejos em massa, por vezes conduzidos por homens não identificados. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram deslocadas

2010 - Copa da África do Sul
Mais de 20 mil moradores foram removidos e transferidos para áreas empobrecidas da cidade. O ministro da Habitação observou que os planos de construir milhares de casas de baixo custo poderiam ser afetados por mudanças nas demandas do orçamento na preparação para a Copa de 2010

2010 – Jogos da Commonwealth de Nova Deli
Em Nova Deli, na Índia, 35 mil famílias foram expulsas das terras públicas na preparação para os Jogos

2010 - Olimpíada de Inverno de Vancouver
Em Vancouver, mais de 1.400 unidades habitacionais de baixa renda foram perdidas em relação à especulação imobiliária gerada pelos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010

2012 - Olimpíada de Londres
Na capital da Inglaterra, sede dos Jogos de 2012, que antecedemo os do Rio, o preço médio dos imóveis no entorno olímpico aumentou mais de 3%, enquanto no restante da cidade os valores caíram aproximadamente 0,2 por cento

2016 - Olimpíada do Rio
No Rio de Janeiro, diversos assentamentos informais estão sob ameaça de despejo, por causa da construção de instalações esportivas para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016

terça-feira, 29 de junho de 2010

Anúncio publicado na Folha SP prevê derrota dos amarelos

Ou foi erro, ou algum cara, que como eu, não está a fim de ser enganado por esta bosta de copa, colocou de sacanagem ou como sugestão energética (corrente pra frente u-hu!) para acabar com esta festa dos tolos.

O anúncio dos supermercados Extra (Sr. Abílio, mas o que é isso?...), publicado na folha de S. Paulo, agradece a participação dos amarelos e fala até em um "nos vemos em 2014".

Provavelmente o anúncio foi preparado antecipadamente na possibilidade deuma derrota. Derrota que tanto desejo, pois eu não aguento mais tanta barulheira, sujeira verde-amarela por toda a cidade e fanáticos falando besteiras para justificar o seu gosto pela copa.

Vamos lá, Brasil! Caia na real e perca esta copa. Não substituamos a verdadeira felicidade pela "alegria" de mentirinha!

A derrota no futebol será uma vitória para toda a população.

Quem não gosta do Mundial de futebol procura afazeres bastante alternativos durante os jogos

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Tinha que ser jornal de faculdade. As universidades são ainda um oasis de inteligência em nosso país. Se contarmos com a mídia oficial, estamos perdidos.

Eles odeiam a Copa - e fazem de tudo para driblá-la

Reportagem Olívia Baldissera - Edição Marcela Varasquim - OLÍVIA BALDISSERA
Jornal de Comunicação - UFPR - Publicada em 22/06/10 às 20h50

Que o Brasil é o país do futebol, todo mundo sabe. Cinco vezes campeão da Copa do Mundo, já chegou em 7 finais e ainda tem o jogador Ronaldo - que marcou ao todo 15 gols nas 4 copas em que participou - como o maior artilheiro de todos os tempos. Mesmo assim, há brasileiro que desliga a TV no momento em que a seleção campeã de vitórias está jogando. O que eles fazem? Cada um tem uma resposta bastante peculiar.

O publicitário carioca Bruno Figueiredo nunca gostou muito do Mundial e sempre sofreu para encontrar o que fazer durante os jogos. Ele reclama que os cinemas não abrem, que a programação da televisão apenas trata sobre os jogos e que até as empresas não funcionam. Por isso, em dia de jogo ele ouve música alta, lê um livro ou navega pela Internet. Bruno conta que se sente deslocado em época de Copa: “Sempre sou criticado por não gostar e por não comentar os jogos no dia seguinte. Por ser algo tão universal, as pessoas não entendem muito quem não gosta”.

Quem tem mais opções de distração do que Bruno durante a Copa é a jornalista Milana Bernartt, que tem amigos que também não gostam do Mundial e a acompanham nos dias em que a Seleção Brasileira entra em campo. Às vezes ela assiste aos jogos devido às festas que os sucedem, mas geralmente ela sai com os amigos para tomar um café ou passear em um parque. Para Milana, dia de jogo é como um feriado, e ela aproveita para relaxar. “Se eu não gosto de futebol quando há o Campeonato Brasileiro, seria esquisito se eu gostasse de futebol só na Copa do Mundo”, pondera a jornalista.

Mas há quem seja ainda mais radical. A estudante de Psicologia Kharina Guides não assiste aos jogos de jeito algum - e nem sente falta. Quando há partidas do Brasil na Copa, ela tenta fazer o que faria normalmente: estuda, ouve as músicas que quer ouvir, sai quando tem vontade. Kharina, que também não gosta de futebol, acha ridículo o país parar devido a um jogo e critica o grande investimento feito em uma Copa do Mundo. “Enquanto jogadores de futebol receberem absurdamente mais que professores, eu vou ver o futebol com maus olhos”, argumenta.

Freud explica

Na abertura oficial da Copa do Mundo 2010, estiveram reunidas no estádio Orlando, em Johannesburgo, 36 mil pessoas. A partida que estreou a Copa, entre a África do Sul e o México, também contou com um grande número de torcedores que acompanharam o embate. Segundo a FIFA, 10.146.793 telespectadores assistiram ao jogo, um número recorde de audiência esportiva na África do Sul.

A psicóloga Roberta Karam cita Freud ao falar sobre o que leva multidões a adorarem a Copa do Mundo. Ela afirma que o ser humano tem uma tendência a se identificar com o que os demais se identificam, principalmente se isso for considerado bom ou envolver poder e sedução. “O ser humano não é um ser sozinho, ele precisa se sentir parte de um grupo ou de uma ideia”, explica. Como boa parte dos brasileiros ama o Mundial e torce pela Seleção Brasileira, isso cativa outros a fazerem o mesmo.

E quem não gosta do Mundial se comporta da mesma maneira, ao tentar fazer parte do grupo dos que repudiam a Copa. Kharina e Bruno fazem parte desse grupo, e compartilham opiniões parecidas: ambos acreditam que a Copa é uma alienação dos brasileiros em relação aos problemas pelos quais o país sofre, como a desigualdade social e o fraco investimento em Educação.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Torcida pela derrota da "seleção"

Se você quer que o falso patriotismo de copa acabe e que o futebol volte a ser curtido apenas como esporte e não como "dever cívico", cante conosco:

- O AMARELÃO VAI DANÇAR! O SOSSEGO VAI VOLTAR!

Para que o Brasil volte a se desenvolver, eliminando problemas e desigualdades!

Além de nos livrar daqueles barulhos infernais das cornetas e dos berros da torcida que fica insana nesta época de copa.

Brazilians: GO HOME!!!

Futebol, um esporte vendido à TV

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Tem muita coisa acontecendo nos bastidores do futebol que não chega ao conhecimento do povinho fanático que se considera o cojunto dos "190 milhões de técnicos" da $ele$ão Amarelão. E não são coisas boas, não.

Futebol, um esporte vendido à TV

Laurindo Lalo Leal Filho - Site Carta Maior

Na mesma semana da estreia do Brasil, os vereadores de São Paulo deram uma guinada espetacular e mantiveram o veto do prefeito Kassab à lei, por eles mesmos aprovada, que proibia jogos de futebol na cidade com início depois das 21h15.

Enquanto a Copa segue hegemônica nos noticiários de TV, o silêncio cobre outros fatos importantes ligados ao futebol. Na mesma semana da estreia do Brasil, os vereadores de São Paulo deram uma guinada espetacular e mantiveram o veto do prefeito Kassab à lei, por eles mesmos aprovada, que proibia jogos de futebol na cidade com início depois das 21h15.

Quem marca o horário dos jogos noturnos para às 21h50 são os programadores da Rede Globo. Para eles o futebol é apenas mais um programa da emissora que, por critérios mercadológicos, deve ser transmitido depois da novela.

Em abril, com 43 votos a favor e apenas dois contra a lei aprovada passava a impressão de altivez da Câmara, fato raro na vida política do município. Foi só impressão. Ao invés de manterem seus votos e derrubarem o veto do prefeito, os vereadores paulistanos, com quatro honrosas exceções, curvaram-se aos interesses da Globo. Até um dos autores do projeto, vereador Antonio Goulart, mudou de lado. O outro, Agnaldo Timóteo não apareceu para votar.

E assim os jogos na capital continuam terminando quase à meia-noite. Até pela TV, para quem tem que trabalhar cedo no dia seguinte, como faz a maioria da população, o horário é ruim. Agora para quem gosta de ir ao estádio é um sacrifício desumano.

Os vereadores paulistanos não se dobraram apenas aos interesses da Rede Globo. Eles passaram um atestado de incapacidade absoluta para enfrentar um modelo perverso imposto nas últimas décadas ao futebol brasileiro.

Até o final dos anos 1960 ainda havia algo de lúdico na prática e no espetáculo futebolístico. Lembro do Torneio Início, jogado uma semana antes da abertura do campeonato paulista, num dia só, com a participação de todos os clubes da primeira divisão. Eram jogos mata-mata, de 30 minutos (15 por 15) de duração onde, em caso de empate, ganhava o time que havia obtido mais escanteios a favor, antes da disputa dos pênaltis se fosse necessária.

Curioso era ver os maiores craques do futebol paulista, em volta do gramado, assistindo os jogos dos outros times enquanto esperavam a vez de entrar em campo. Havia um que de amadorismo resistindo às investidas da profissionalização definitiva. O Pacaembu ainda era, nessa época, uma extensão glamorosa dos campos de várzea que se espalhavam por toda a cidade.

A especulação imobiliária nunca contida pelos vereadores paulistanos – em qualquer legislatura – acabou com a várzea e quase acaba com o futebol na cidade. A sua sobrevivência se deu num outro nível, o da mercantilização absoluta. Dos jogadores e do jogo.

Os primeiros passaram a ser formados pelas escolinhas, acessíveis apenas à classe média, ou pelos centros de adestramento criados por empresários cujo objetivo é preparar os seus “produtos” para vendê-los no exterior.

O futebol assume nesse estágio a forma mercadoria em todas as suas etapas. Do berço do jogador à Copa do Mundo nada escapa. O esporte popular das ruas e das várzeas transformou-se num produto caro e altamente sofisticado, operando num nível elevadíssimo de racionalidade capitalista.

Diferente de outros setores da economia e mesmo da cultura, onde o Estado ainda atua para conter de alguma forma a voracidade do mercado, no futebol isso não acontece. Os objetivos privados são absolutos nem que para serem alcançados sacrifiquem-se atletas, torcedores e, no limite o próprio esporte, reduzido cada vez mais a um espetáculo de televisão.

Perderam os vereadores paulistanos a grande oportunidade de colocar o interesse público em primeiro lugar. Resta agora esperar, com bastante ceticismo, que projeto semelhante, apresentado na Câmara dos Deputados, e válido para todo o Brasil, prospere.

domingo, 27 de junho de 2010

Fifa engorda cofres. E a sede paga a conta

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Para a maioria da população, que não se assume alienada, mas é de fato, não interessa de que jeito se dará a administração financeira dos gastos com a copa. Querem a realização do evento de qualquer maneira. Acham que o dinheiro vai cair do céu e que o retorno é garantido. Não sei não.

Pois para a maioria da população brasileira, ainda na infância intelectual, o importante é fazer a festa primeiro e arrumar a casa depois. Como cada festa deixa mais sujeira, cada vez mais vai ficando difícil arrumar a casa.

Fifa engorda cofres. E a sede paga a conta

Sábado, 19 de junho de 2010 - Fifa, África do Sul | 07:08 VEJA On Line
(Por Giancarlo Lepiani, de Johannesburgo)

Um representante da Fifa revelou neste sábado que a entidade máxima do futebol mundial deverá abocanhar cerca de 3,2 bilhões de dólares com a realização da Copa do Mundo de 2010. O valor, disse o porta-voz Nicolas Maingot, é mais que suficiente para sustentar todas as despesas da Fifa pelos próximos quatro anos – tanto que a entidade promete investir 75% do dinheiro nos seus projetos de desenvolvimento da modalidade nos países pobres. A Copa é, com folgas, a maior fonte de receitas da Fifa, que cobra valores estratosféricos das empresas que desejam ligar suas marcas à realização do torneio.

Enquanto a dona da bola conta seus lucros com a festa na África do Sul, o país-sede faz as contas para saber qual será o real tamanho do buraco que o evento deixará em seus cofres. Os anfitriões torraram cerca de 8,3 bilhões de dólares para promover o torneio, e terão dificuldades para cobrir essas despesas – afinal, a África do Sul aceitou conceder inúmeros incentivos fiscais justamente para beneficiar a Fifa. A entidade teria recebido garantias de que não precisaria pagar impostos sobre a comercialização de produtos, direitos de transmissão e quase todas as formas de receita ligadas à Copa.

sábado, 26 de junho de 2010

A diferença de patriotismo e patriotada

COMENTÁRIO DESTE BLOG: O amigão Bruno Melo escreveu este texto para o seu excelente blog. Ele tem uma ótima visão de mundo e sabe observar o que acontece na atualidade e em outras épocas também.

Detalhe: ele só tem 15 anos, mas é de uma maturidade surpreendemnte. Pessoas como ele que possuem a capacidade de fazer algo para melhorar este planeta.

A diferença de patriotismo e patriotada

sexta-feira, 25 de junho de 2010 - pro Bruno Melo no blog Cultura Alternativa

O brasileiro fanático, imensa maioria da população, que em época de Copa do Mundo também aumenta para mulheres e pessoas que não gostam do esporte, vê o futebol como "patriotismo". Acha que pelo menos durante o Mundial, é nossa obrigação valorizar o futebol de modo superior ao merecido. Quer que demos ao Wagner Love o Prêmio Nobel da Paz.

Este brasileiro é hipócrita! Confunde patriotismo com patriotada, e se ilude com isso. Antes fosse as duas coisas, mas não; o brasileiro inverte as posições. Fala mal do governo, dos políticos, do péssimo atendimento médico, da má qualidade do ensino, mas de quatro em quatro anos veste a carapuça do amor à pátria, falando que tudo é lindo, maravilhoso. Lança mão da patriotada, abre mão do patriotismo.

Patriotismo é sonho, desejo, utopia. É amar o país, e isso inclui otimismo, sim. Tanto o otimismo para com as belezas que apresentamos, como o otimismo de reconhecer os problemas que temos e querer mudá-los.

Já patriotada implica numa fé e esperança cega, mentirosa, ilusória. É acreditar na perfeição até mesmo na desilusão, no mendigo, na marginalidade. É fechar os olhos para o que nos rodeia, mentir para nós mesmos. É chegar ao cúmulo de pensar que são os jogadores a "redenção", a "salvação", e a bola, a "cura".

Talvez quando a partida fosse encerrada com um apito, este brasileiro iria para sua casa, veria-se sem comida, sem emprego, sem roupas e até mesmo sem casa. Talvez ele olharia para os problemas do país, personificados nele. Talvez. Mas muito provavelmente ele iria para um baile, para um bar ou fazer um "televizinho" - como nos tempos em que todos viam televisão na casa dos poucos privilegiados que tinham uma. Assim, saberia do próximo dia em que a Seleção Brasileira entraria em campo, com seus heróis sagrados lhe garantindo a revigoração de sua auto-estima.

Postado por Bruno Melo às 14:47

Rede Globo prepara demissão do técnico Dunga

COMENTÁRIO DESTE BLOG: O jornalista Marcos Niemeyer é uma das pessoas mais sensatas que eu já conheci. Ele escreve textos geniais sobre pontos de vista que diferem e contestam tudo que a mídia nos obriga a concordar. Esse é mais um brilhante texto que me acho obrigado a reproduzir aqui, de tão certeiro que é. Vai desculpando, Marcos, eu não resisiti e postei aqui.

Dunga foi o herói da semana. Na minha opinião pessoal foi a melhor atuação da "seleção" nesta copa. Um golaço de Dunga contra a verdadeira inimiga dos brasileiros: a Rede Globo, conhecida pejorativamente como "Vênus Platinada", por causa de sua arrogância e capacidade de manipulação.

Foi a Rede Globo que inventou essa palhaçada de que torcer para a "seleção" em copas é patriotismo. Palhaçada que se consagrou e virou regra social e transformou a torcida pelo futebol em copas uma obrigação, um compromisso inadiável.

Mesmo demitido, Dunga sai de cabeça erguida, peitando um totem da mídia que se acha acima do poder político e que tanto tem enganado as massas, mas não conseguiu enganar o técnico da "seleção" brasileira.

Dunga, tem o nosso respeito e nossa admiração. Somente os funcionários e puxa-sacos da "Vênus Platinada" que reprovam tuda heróica atitude.

Rede Globo prepara demissão do técnico Dunga


terça-feira, 22 de junho de 2010 - por Marcos Niemeyer

Não será surpresa se após a Copa do Mundo o treinador Dunga levar um baita pontapé no traseiro. A rasteira não será aplicada pelo alto comando da CBF e, sim, pela mafiosa Rede Globo, inconformada com a performance do técnico que resolveu peitá-la ao negar uma entrevista exclusiva, conforme exigências da emissora carioca.

“Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de reportagem exclusiva para a Rede Globo. Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma ”, espinafrou Dunga, diante do olhar incrédulo de uma indesejável jornalista da “Vênus platinada”.

A declaração inesperada teve o efeito de um tsunami nos bastidores globais. Acostumada a manipular a opinião pública, eleger e derrubar presidentes, interferir nas eleições, fabricar falsos ídolos, acabar com a música brasileira de qualidade, escalar jogadores das equipes que julga simpáticas, mudar o horário dos jogos por conta das novelas idiotas, etc, a empresa fundada pelo Cidadão Kane, Roberto Marinho, não admite que ninguém contrarie seus golpes baixos desferidos contra milhões de brasileiros.

Ganhando ou perdendo a Copa, Dunga dificilmente continuará no comando da equipe. A essas alturas do campeonato, já devem ter colocado a batata do treinador num forno escaldante. É possível que não sobrem nem as cinzas para “contar” a história.

Por outro lado, devemos ressaltar a coragem e o braço firme do ex-jogador que não deixou se intimidar pelos holofotes cavernosos da Globo – uma das piores desgraças implantada no Brasil. Mesmo sem gostar de futebol – torço para que essa tal Seleção perca a Copa – passei a ver no treinador Dunga um modelo a ser seguido por aqueles que tem senso crítico e não admitem que a Globo faça do Brasil um quintal para jogar seus dejetos. Viva Dunga, abaixo a Rede Globo!

A nova Era Dunga: o fim do besteirol esportivo

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Tomara que seja o início do fim desse fanatismo demente e que os brasileiros aprendam a curtir futebol como uma coisa normal, puramente lúdica e não como um "dever cívico" que chega a parar a nação.

Brilhante texto de Leandro Fortes, um dos integrantes do heróico Centro de Estudos Barão de Itararé

A nova Era Dunga: o fim do besteirol esportivo

Posted by Leandro Fortes em Brasília, eu vi

Foi na Copa do Mundo de 1986, no México, com Fernando Vanucci, então apresentador da TV Globo, que a cobertura esportiva brasileira abandonou qualquer traço de jornalismo para se transformar num evento circense, onde a palhaçada, o clichê e o trocadilho infame substituíram a informação, ou pelo menos a tornaram um elemento periférico. Vanucci, simpático e bonachão, criou um mote (“alô você!”) para tornar leve e informal a comunicação nos programas esportivos da Globo, mas acabou por contaminar, involuntariamente, todas as gerações seguintes de jornalistas com a falsa percepção de que a reportagem esportiva é, basicamente, um encadeamento de gracinhas televisivas a serem adaptadas às demais linguagens jornalísticas, a partir do pressuposto de que o consumidor de informações de esporte é, basicamente, um retardado mental. Por diversas razões, Vanucci deixou a Globo, mas a Globo nunca mais abandonou o estilo unidunitê-salamê-minguê nas suas coberturas esportivas, povoadas por sorridentes repórteres de camisa pólo colorida. Aliás, para ser justo, não só a Globo. Todas as demais emissoras adotaram o mesmo estilo, com igual ou menor competência, dali para frente.

Passados quase 25 anos, o estilo burlesco de se cobrir esporte no Brasil passou a ser uma regra, quando não uma doutrina, apoiado na tese de que, ao contrário das demais áreas de interesse humano, esporte é apenas uma brincadeira, no fim das contas. Pode ser, quando se fala de handebol, tênis de mesa e salto ornamental, mas não de futebol. O futebol, dentro e fora do país, mobiliza imensos contingentes populacionais e está baseado num fluxo de negócios que envolve, no todo, bilhões de reais. Ao lado de seu caráter lúdico, caminha uma identidade cultural que, no nosso caso, confunde-se com a própria identidade nacional, a ponto de somente ele, o futebol, em tempos de copa, conseguir agregar à sociedade brasileira um genuíno caráter patriótico. Basta ver os carros cobertos de bandeiras no capô e de bandeirolas nas janelas. É o momento em que mesmos os ricos, sempre tão envergonhados dos maus modos da brasilidade, passam a ostentar em seus carrões importados e caminhonetes motor 10.0 esse orgulho verde-e-amarelo de ocasião. Não é pouca coisa, portanto.

Na Copa de 2006, na Alemanha, essa encenação jornalística chegou ao ápice em torno da idolatria forçada em torno da seleção brasileira penta campeã do mundo, então comandada pelo gentil Carlos Alberto Parreira. Naquela copa, a dominação da TV Globo sobre o evento e o time chegou ao paroxismo. A área de concentração da seleção tornou-se uma espécie de playground particular dos serelepes repórteres globais, lá comandados pela esfuziante Fátima Bernardes, a produzir pequenos reality shows de dentro do ônibus do escrete canarinho. Na época, os repórteres da Globo eram obrigados a entrar ao vivo com um sorriso hiperplastificado no rosto, com o qual ficavam paralisados na tela, como em uma overdose de botox, durante aqueles segundos infindáveis de atraso de sinal que separam as transmissões intercontinentais. Quatro anos antes, Fátima Bernardes havia conquistado espaço semelhante na bem sucedida seleção de Felipão. Sob os olhos fraternais do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi eleita a musa dos jogadores, na Copa de 2002, no Japão. Dentro do ônibus da seleção. Alguém se lembra disso? Eu e a Globo lembramos, está aqui.

O estilo grosseiro e inflexível de Dunga desmoronou esse mundo colorido da Globo movido por reportagens engraçadinhas e bajulações explícitas confeitadas por patriotadas sincronizadas nos noticiários da emissora. Sem acesso direto, exclusivo e permanente aos jogadores e aos vestiários, a tropa de jornalistas enviada à África do Sul se viu obrigada a buscar informações de bastidores, a cavar fontes e fazer gelados plantões de espera com os demais colegas de outros veículos. Enfim, a fazer jornalismo. E isso, como se sabe, dá um trabalho danado. Esse estado de coisas, ao invés de se tornar um aprendizado, gerou uma reação rançosa e desproporcional, bem ao estilo dos meninos mimados que só jogam porque são donos da bola. Assim, o sorriso plástico dos repórteres e apresentadores se transformou em carranca e, as gracinhas, em um patético editorial.

Dunga será demitido da seleção, vença ou perca o mundial. Os interesses comerciais da TV Globo e da CBF estão, é claro, muito acima de sua rabugice fronteiriça e de sua saudável disposição de não se submeter à vontade de jornalistas acostumados a abrir caminho com um crachá na mão. Mas poderá nos deixar de herança o fim de uma era medíocre da crônica esportiva, agora defrontada com um fenômeno com o qual ela pensava não mais ter que se debater: o jornalismo.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O encontro de dois fanatismos

Dois grandes ícones do entretenimento mundial, tratados como absolutos e colocados muito acima do patamar que realmente pertencem, se encontrarão na mesma data, para deleite dos fanáticos: Michael Jackson e a Seleção Brasileira de Futebol.

Não que ambos não tenham valor. Somente ignorantes (e são muitos) entendem como xingação a negação de absolutismo tanto do cantor americano que completa 1 ano de desencarne hoje quanto a "entidade" conhecida como "seleção".

Assim como Jackson foi um competente hitmaker e viveu rodeado de grandes profissionais (produtores, músicos, diretores de clipes, coreógrafos), a "seleção" também tem bons jogadores, que têm o apoio de muitos patrocinadores e da mídia e da sociedade como um todo.

Em ambos os casos, a mídia se comporta de maneira bastante fanática, chegando a dedicar telejornais inteiros, tanto em um quanto em outro. Esse fanatismo é lançado para a população, que por isso mesmo acaba tratando tanto Jackson como a "seleção" como "melhores do mundo", como se não houvesse coisas melhores que eles na vida.

Tanto Jackson como a "seleção"são muito cultuados pelas classes mais pobres e por pessoas de nível intelectual baixo. Tanto as letras do cantor (para quem entende inglês) como as regras do futebol são facilmente entendidas por quem não teve (ou não quis, como é o caso de muita gente) uma boa educação.

Mas, como nos dois casos existe uma aura de suposta superioridade, para quem não tem referências culturais e esportivas melhores, ambos acabam também seduzindo muita gente de nível intelectual melhorado, mas ainda com o senso crítico atrofiado e ingenuidade bem marcante. Há quem lance mão de textos supostamente intelectualizados para defender a mitologia que cerca tanto Jackson como a que cerca a "seleção".

O que devemos observar é que dentro de um contexto limitado, Jackson e a "seleção" tem o seu valor e por isso merecem ser respeitados. Aliás, colocá-los acima do que realmente representam para o entretenimento mundial é que é um desrespeito, pois favorece a invenção de qualidades inexistentes e distorções das verdadeiras finalidades tanto de um como do outro.

Hoje, 25 de junho, além da lembrança de 1 ano de morte de Michael Jackson, é o último jogo da "seleção" na primeira fase da copa. Esperamos que a população além de simplesmente adorá-los, passasse a se informar sobre o que realmente eles representam para o mundo, para evitar besteiras como "Michael Jackson é revolucionário da música" e "a seleção representa o povo do Brasil". Frases como essas significam levar a sério demais duas coisas feitas apenas para se divertir.

A música de Jackson e a s jogadas da "seleção" nunca mudarão a vida de ninguém. São feitas apenas para uma diversão momentânea. Quando a música de Jackson e o jogo da "seleção" terminam, tudo volta como antes, provando que todo o fanatismo foi inútil.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O Caos Provocado pelos Botocudos

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Não dá para falar em "copa da paz", como defendem os fanáticos por esta futebosta. Muito barulho, sujeiras nas ruas (inclusive a sujeira verde e amarela das horrendas pinturas malfeitas), serviços essenciais fechados e muita besteira digna de crianças de 3 aninhos sendo ditas por aí a fora. Realmente o caos se instala nas cidades em tempos de copa.

Boa tacada de Marcos Niemeyer, nosso amigo e também anti-futebosteiro.

O caos provocado pelos botocudos

sábado, 19 de junho de 2010 - Cacarejadas & Ejaculadas, por Marcos Niemeyer

Tolerar o fanatismo doentio de torcedores durante a infame Copa do Mundo exige doses cavalares de paciência. Como no Brasil as leis não são respeitadas, esses imbecis aproveitam para extrapolar os limites do bom senso deixando nossa franciscana paciência a flor da pele.

Nos dias de jogo da Seleção, o caos toma conta das ruas e até mesmo nos lugares mais remotos ninguém está livre da baderna provocada pelos trogloditas que se julgam os donos do pedaço.

Comércio fechado, trânsito ainda mais infernal, bêbados intoleráveis a vomitar, urinar e deixar para trás suas demais necessidades fisiológicas tornando os centros urbanos ainda mais deprimentes por conta da falta de higiene e da poluição sonora/visual. E o que é pior: acham que todos, indistintamente, devem torcer a favor da camisa verde- amarela.

Uma das maiores afrontas colocadas em prática pelos botocudos, no entanto, deveria ser retirada de cenário e seus responsáveis presos por desordem pública. Trata-se daquela coisa infernal chamada fufuzela* (sic), uma corneta estridente capaz de penetrar nos mais herméticos tímpanos, causando danos irreversíveis.

O sujeito que inventou tal armadilha merecia ser fuzilado em praça pública e seus restos mortais lançados nas profundezas do inferno. Quem usa aquele trombolho para perturbar o sossego alheio, não tem dó nem da própria santa mãezinha. Só existe mesmo um jeito de acabar com isso antes que isso acabe com a gente: torcer contra a pedante Seleção Brasileira.

Caso perca o título da Copa e abandone os gramados antes da final, aí sim, haverá um suposto sossego, pelo menos nos próximos quatro anos quando as malditas cornetas voltarão ainda mais enfoguetadas para desespero daqueles que, a exemplo deste modesto aprendiz de escrevinhador, abomina o futebol, uma prática absurda a transformar jogadores analfabetos em milionárias celebridades.

O Brasil deveria se envergonhar em ser conhecido como o país do futebol. Precisamos ser campeões em áreas que beneficiem a maioria e não o contrário. Se a fome, a violência, o desemprego a falta de honestidades dos políticos, entre outras incontáveis mazelas fossem prioridade, não resta dúvida que ficaríamos felizes como se sentem os verdadeiros campeões. Não é correndo atrás da bola que teremos um futuro promissor.

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*NOTA: O certo é vuvuzela, o nome desse troço horrendo que faz os ouvidos doerem. E errada é a sua utilização. (M.P.)

Como seria a copa se fosse curtida e divulgada de maneira saudável, sem fanatismo

Particularmente eu não curto futebol, mas gosto de sua existência como algo lúdico que provoca prazer e prende a atenção. O que eu não gosto é do fanatismo, que coloca o citado esporte em um patamar muito acima do qual ele pertence. Aí o prazer pelo esporte desaparece para dar lugar a uma adoração sem limites que desafia todo e qualquer tipo de coerência.

Imaginei como a copa deveria ser curtida e divulgada, sem o fanatismo pseudo-patriota e sem o caráter de obrigação civico-social que dá vazão a tantos preconceitos. Vamos ver como ficaria um mundial de futebol sem o fanatismo.

- Pra começar, não haveria aquela associação forçada entre futebol e patriotismo, o que gera essa tal de obrigatoriedade que faz com que muita gente entre em atritos sérios.

- Comércio e serviços essenciais funcionariam normalmente durante os jogos. Como acontece com toda atividade de lazer, só quem estivesse livre teria direito a ver o jogo, já que este estaria despido do caráter de "obrigação cívica".

- Não haveria aquela avalanche de propagandas em que tentam associar o produto a participação da "seleção" na copa. Apenas os patrocinadores diretos do evento é que fariam referencias a ela nos anúncios.

- Os telejornais falariam sobre a "seleção" de maneira moderada, em reportagens não muito longas e mostrando apenas o necessário, sem bobagens do tipo "Robinho cantou um pagode no banheiro", "Luis Fabiano comeu churrasco dois dias antes do jogo", "Kaká rezou antes de dormir", "Julio César bocejou" ou outras bobagens do gênero.

- Não haveria aquele festival de incitação que existe antes dos jogos. A transmissão ocorreria de modo semelhante aos dos jogos das outras seleções, sem histeria e sem tentativas de "empurrar" a torcida.

- Não haveria depois do jogo transmissões histéricas sobre a vitória da "seleção" nem chorosas sobre as derrotas. As comemorações e lamentações seriam bastante moderadas, como já acontece com as boas e más notícias em outros setores.

- As pessoas cultuariam mais o símbolo da CBF, como fazem com os escudos dos times de futebol. O escudo da CBF é que é o verdadeiro símbolo da "seleção" e não a Bandeira Nacional de nosso país. A Bandeira Nacional não foi criada para isso. A associação da Bandeira Nacional a um evento tão fútil e puramente lúdico poderia ser considerado uma ofensa a um símbolo pátrio.

- O técnico da "seleção não seria tratado como se fosse um ministro do Governo Federal.

- Pessoas que normalmente não curtem futebol, sobretudo as mulheres, não teriam a obrigação de gostar nesta época.

Não seria melhor para todos, os que gostam e os que não gostam, que a copa fosse dessa maneira? Deixemos o sentimento de patriotismo para coisas sérias. Futebol é uma sadia bobagem para ser curtida divertindo, sem levar a sério!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Tenho vergonha de ser brasileiro

Justamente foi isso que vocês leram. Eu tenho vergonha de ser brasileiro. Sobretudo nesta época de copa, em que vemos a verdadeira cara do brasileiro: acomodado, submisso à mídia e aos valores sociais e completamente alheio à resolução dos problemas do país. Um povo que ao invés de resolver os seus problemas, utiliza o fanatismo de copa como tapa-buraco de seus problemas. Um típico comportamento de quem é acomodado e tem a auto-estima em níveis bastante reduzidos.

Um povo que não tem o senso do ridículo de comprar bandeirinhas, cornetas e até caríssimas TVs, para satisfazer aquilo que é entendido de maneira errada como "dever patriótico". Desde quando uma simples diversão é "dever patriótico"?

Nesta época todos ficam hipnotizados por uma mera equipe de futebol conhecida apenas como "seleção" ou como "Brasil", como se fosse toda a nossa população que estivesse correndo nos gramados de um estádio de futebol.

Já falei das incoerências dos fanáticos por copa e isso me envergonha. É uma demonstração clara e evidente de que o povo brasileiro é IMATURO e que essa asneira de acreditar na conquista de um campeonato como "salvação da pátria" é típica de bebê de 2 aninhos de idade. Melhor, talvez não. Há bebês muito mais maduros do que muito adulto em nosso país.

O povo brasileiro chega a ignorar e até negar coisas importantes só por causa dessa maldita copa. Em Minas Gerais, uma Universidade (sabiamente, acreditem) marcou o dia da prova para o mesmo horário do jogo da "seleção" brasileira. Boa parte dos que iriam fazer a prova ficaram revoltados e decidiram faltar. Otários. Foi bom para quem fez, que teve que enfrentar menos concorrentes. Os imbecis não sabem que a vitória da "seleção" não melhora a vida de ninguém, mas a aprovação em um vestibular melhora a vida de quem faz (e muito). No mínimo, o cara vai sair com um diploma que se não garantem pelo menos facilita o ingresso no mercado de trabalho.

E a conquista de uma copa? Posso chegar ao contratante e dizer "pô a 'seleção' ganhou e eu dei a maior força, torci pra cacete, dá esse emprego para mim?"? Com certeza o contratante, que não é nenhum otário, vai negar.

O povo brasileiro é tão trouxa e alienado que ficou muito feliz quando soube da conquista do Brasil do direito de sediar a copa de 2014 e a olimpíada de 2016, sem ter condições para isso. Parece que os alienados acreditam que os recursos virão do céu, patati-patatá... Costumam usar desculpas frouxas e até surreais para argumentar porque gostaram dessa conquista.

Na verdade esses recursos virão de desvios de verbas, acordos ocultos e corte de gastos em coisas como saúde e educação.

E o que eu espero desse povo? Nada. os problemas irão continuar, do jeitinho que estão. Talvez até piorem. Sabendo disso tudo, as autoridades querem investir mais e mais em entretenimento (circensis) para compensar (e bem mal) o fato da população não ter direito ao necessário (panis). Por causa disso, o Brasil se tornou a potência do entretenimento. E aí vem, além das citadas copa e olimpíada, "Lollapalooza Brasil", "Hola Brasil", "Maxim Brasil", "Fashion Rocks Brasil", "Tributo à Michael Jackson Brasil","Escambau Brasil", "Raio que o Parta Brasil", "Vai te à Merda Brasil" e por aí vai.

Tenho vergonha de ser brasileiro. Um povo bobo, alienado que ache bonito ser brega e pobre. Um povo idiota que coloca o fanatismo por 11 amarelados acima de qualquer coisa. Um povo que fala mal de um político para votar no mesmo cafajeste que ele criticou. Um povo que confia cegamente numa rede de televisão comandada com mãos de ferro por egoístas que tem o único objetivo de engordar suas contas bancárias. Um povo com baixíssima auto-estima que acha melhor festejar antes de arrumar a casa, que a diversão vai resolver todos os seus problemas.

Eu deveria ter nascido na Escandinávia. Não por acaso, lá possui os maiores índices de Desenvolvimento Humano do planeta. Lá ninguém tem o equivocado orgulho de ser brega e pobre. Lá, quem sai da faculdade sai com emprego garantido. Lá, as mulheres se casam por amor, não por dinheiro ou por estarem acostumadas (viciadas) por homens sem qualquer valor moral ou intelectual. Lá a dignidade é a regra.

Sinceramente, tenho vergonha de ser brasileiro. Mas como não tenho dinheiro para sair daqui e começar a vida no exterior é muito difícil (ainda mais que brasileiro tem a imagem de idiota lá fora - vão me encher o saco com coisas do tipo: "caipirinha?", "cachaça?", "Ronaldo", "dance um sambinha pra gente ver?"), fico por aqui aguentando essa merda, cercado de idiotas por todos os lados.

Pelo menos evito me meter em encrenca: não bebo álcool (por convicção própria - gosto de estar sempre sóbrio), não vou a noitadas, não tenho automóvel, não provoco brigas gratuitas (quem discorda de mim é que sempre começa a briga, quando há), pago meus compromissos em dia e procuro controlar - rigorosamente - os meus gastos. Faço o mínimo para tentar me manter de bem com a sociedade e comigo mesmo.

Mas olho ao redor e fico triste em saber que por causa de uma fútil festa cheia de bebedeira, por causa da vitória de uma equipe, algo banal, que não tem a menor utilidade para o cotidiano e o desenvolvimento de nosso país, a população chega a ter uma dedicação quase que mortal, coisa nunca vista em ocasiões realmente sérias.

Nesta época é que se conhece a verdadeira cara do brasileiro. Uma cara que envergonha aqueles que gostariam de ver o Brasil bem próspero. Por isso que um país grande, cheio de recursos, de matéria prima, variedade de alimentos e variação climática, vive na interminável miséria e gama de injustiças. É o país em que boas idéias fracassam e idéias cretinas (como o "patriotismo" de copa) prosperam.

Tenho vergonha de ser brasileiro. Tenho vergonha de viver em um país onde a burrice está na moda, onde sofrer é felicidade e ser pobre é motivo de orgulho.

É como eu disse antes. Eu não vivo em um país, eu vivo em um hospício.

Prefeito de Londres veta vuvuzelas para as Olimpíadas e Copa de 2018

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Boa medida. Essas vuvuzelas são o que mais de irritante surgiu nesta copa além do fanatismo irracional dos brasileiros. Pelo menos esse horroroso barulho de vespeiro não será ouvido na capital inglesa.

Prefeito de Londres veta vuvuzelas para as Olimpíadas e Copa de 2018

Por GLOBOESPORTE.COM Cidade do Cabo, África do Sul

Boris Johnson, prefeito de Londres, chegou à Cidade do Cabo com duas missões. A primeira é observar o modelo de organização dos sul-africanos na Copa do Mundo. A outra é ver o que poderá ser aproveitado nas Olimpíadas de 2012. Porém, nem o clima do Mundial fez seduzir o político britânico. Johnson brincou com um instrumento que vem recebendo críticas da imprensa inglesa, mas vetou qualquer participação das vuvuzelas durante as competições na Inglaterra. O país será sede das Olimpíadas em 2012 e também luta para levar a Copa do Mundo de 2018.

- É incrível e impressionante o clima de festa, mas a vuvuzela não iremos copiar. É barulho demais. disse.

O prefeito espera que sua experiência possa impulsionar a candidatura da Inglaterra para sediar o Mundial em 2018.

- Estou aqui para mostrar para todos que os ingleses estão mais preparados do que qualquer outro povo para receber o maior evento do futebol em 2018. Ninguém ama futebol mais do que nós - revelou.

Sobre a seleção inglesa, o prefeito se mostrou otimista.

- Confio no técnico e no elenco. Empatamos na estreia, mas mostramos um ótimo futebol coletivo. Podemos chegar à final - finalizou.

terça-feira, 22 de junho de 2010

África do Sul e Brasil têm as torcidas mais chatas da Copa

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Discordo da lista. A torcida mais chata com certeza é a brasileira, já que além da barulheira infernal que fazem, dos berros estridentes, da bebedeira, ainda temos o fanatismo infantil e lunático de acharem que estamos num evento de civismo, como o desfile de 7 de setembro.

Para mim, a torcida brasileira é a mais chata de todas e reúne todos os defeitos citados das 5 torcidas da lista, inclusive os dela mesma, multiplicados.

África do Sul e Brasil têm as torcidas mais chatas da Copa

Antoine Morel, do R7, em Johannesburgo

A festa das torcidas durante uma Copa do Mundo chama a atenção. Cada uma com sua forma de apoiar o time tenta interagir nas ruas das cidades-sede. Em Johannesburgo, que possui dois estádios neste o Mundial, a confusão é completa.

O R7 decidiu criar um ranking das torcidas mais chatas desta Copa. Sem qualquer intenção de ofender alguém, a chatice é medida pelo tamanho do barulho, pela persistência em apoiar a equipe e pelas aventuras fora do estádio.

Veja abaixo as cinco torcidas mais chatas na Copa 2010.

1 – África do Sul
Parece perseguição, mas essas vuvuzelas vão sempre deixar os sul-africanos à frente em uma competição de chatice como essa. As cornetas nunca param de tocar nesta Copa. Quase 24 horas por dia, ouve-se o barulho nas ruas, nos estádios, nos shoppings e em qualquer lugar.

Além de apoiar os Bafana Bafana, os donos da casa ainda fazem questão de ensinar às outras torcidas como tocar o instrumento. E difundem esse horrível modo de torcer. Um sul-africano que passava pela rua ainda teve a coragem de dizer à reportagem do R7:

- As vuvuzelas não incomodam tanto, incomodam?

2 – Brasil
Os brasileiros usam menos as vuvuzelas, mas são campeões nas batucadas. Há sempre um pandeiro sobrando nas arquibancadas ou nos shoppings de Johannesburgo – lugares de encontro dos torcedores. Um sambinha ou hino de guerra é sempre puxado. Outro lado característico é a capacidade de dar entrevistas e aparecer na televisão. É difícil um brasileiro que esteja em praças e lojas que não tenha caído nas graças da imprensa mundial.

3 – Alemanha
Ao contrário de África do Sul e Brasil, os alemães ganham o terceiro posto pela apatia. É difícil mesmo competir com os dois primeiros colocados no ranking, mas ficar sem cantar uma única música durante o treino aberto da seleção é demais. Foi o que aconteceu no primeiro treinamento da Alemanha em Pretória, no dia 7 de junho. O estádio tinha capacidade para 20 mil pessoas, mas só duas mil apareceram e tiveram pouca participação.

4 – México
Os mexicanos entram na lista pela persistência e quantidade. Em qualquer lugar que se vá em Johannesburgo, em qualquer jogo que seja, há uma bandeira mexicana por perto. O número de torcedores na cidade é enorme. Os homens usam sombrero e as mulheres gostam de exibir suas plásticas. O R7 presenciou um trio se esforçando para mostrar os efeitos de suas operações.

5 – Inglaterra
A bebida é a fonte de empolgação dos ingleses. Os bares que vendem cerveja dentro dos estádios ficam lotados antes, no intervalo e depois das partidas. Com o álcool, eles não param de cantar “England, England”. E ainda fazem questão de levar milhares de bandeiras para pendurar nas arquibancadas, tapando qualquer tipo de publicidade. No jogo de Estados Unidos e Inglaterra, no último sábado (12), um comissário da Fifa teve que intervir para tirar algumas bandeiras de lugar.

Cientista explica o que torna o som da vuvuzela tão irritante

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Realmente é um troço irritante. Se o fanatismo dos torcedores já incomoda quem quer se ver livre desta copa, encontraram algo para tornar esse fanatismo ainda mais aterrorizante.

Cientista explica o que torna o som da vuvuzela tão irritante

16 de junho de 2010 • 08h55 • atualizado às 10h55 - site Terra.

Elas são uma das marcas registradas da Copa da África. Não se pode dizer que chegaram de mansinho e foram conquistando espaço aos poucos. Não. Elas já chegaram zoando, aos milhares, em coro desafinado, infernizando os ouvidos de quem está nos estádios e até de quem assiste aos jogos pela televisão. Mas o que torna o som da vuvuzela tão irritante? Trevor Cox, presidente do Instituto de Acústica do Reino Unido e engenheiro acústico da Universidade de Salford, de Manchester, tem lá sua explicacões, que ganharam destaque na revista New Scientist.

A vuvuzela é tocada meio soprando, meio vibrando os lábios. O movimento, diz Trevor Cox, é frenético: os lábios vibram nada menos que 235 vezes por segundo, enviando ar pelo tubo, e provocando uma forte ressonância no espaço cônico.

"Uma única vuvuzela, tocada por um músico competente, remete a um som ancestral, como o de uma trompa de caça. Mas o som é menos agradável quando ela é tocada por um fã de futebol, já que as notas são imperfeitas. Além disso, cada torcedor toca com uma intensidade e frequência diferente, causando uma zoeira, parecida com zumbido de insetos ou um berro de elefante", explica Trevor.

O som é alto devido ao seu formato cônico. Além disso, por causa do material que é feita, plástico, a vuvuzela se dilata. "Um instrumento que se dilata tem harmonias com frequências mais altas do que um cilíndrico, tipo a flauta", acrescenta Trevor Cox. "É como o saxofone, com sua boca em forma de cone, que soa mais alto que uma flauta cilíndrica."

E a danada é barulhenta mesmo. Emite 116 decibéis a uma distância de um metro ¿ o limite tolerável estipulado pela Organização Mundial de Saúde é de 80 decibéis. A exposição prolongada à vuvuzela apresenta risco à audição, de acordo com um estudo do Departamento de Patologia da Comunicação da Universidade de Pretória, África do Sul.

"Se ouvirmos apenas um instrumento por um período entre sete e 22 segundos, ultrapassamos os níveis típicos permitidos de barulho no trabalho, por exemplo", ilustra o cientista britânico. "Uma multidão produz níveis ainda mais altos, e medições em um treino revelaram perda de audição temporária entre os espectadores", finaliza o pesquisador.

Todo fanatismo é nocivo, inclusive para o próprio fanático

Um outro tipo de fanáticos está invadindo a caixa de mensagens deste blog. São os seguidores da Renascer (aquela dos bispos presos por causa de dinheiro ilegal), defendendo o jogador Kaká, seguidor e possível herdeiro da administração da Igreja. Os fiéis se auto-rotulam "evangélicos", como se não houvessem outras igrejas evangélicas pelo mundo.

O que esses fanáticos não sabem é que não critiquei em nenhuma vez a religião evangélica. Inclusive tenho muitos amigos evangélicos, sobretudo na Igreja Batista, gente que respeita minha crença e que se lessem os textos que eu escrevi com atenção,concordariam comigo.

O que critiquei foi o seguinte: a religião não conseguiu fazer do Kaká (lembram da "Cotovelada de Dios?") e de sua (in)digníssima esposa (que deu a infeliz declaração de que os pobres passam fome para ajudar o ricaço Kaká - pode?), duas boas pessoas. o comportamento e as declarações de ambos mostram que eles estão poqíssimpo ou nada interessados em fazer deste mundo um mundo melhor. Eles querem usar a religião para se promoverem e para servir de escudo perante as cíticas. Quando Kaká é visto como "boa pessoa" isso é apenas um mito.

O fanatismo religioso é muito parecido com qualquer fanatismo, inclusive no futebol (toda copa nota-se o excessivo fanatismo do povo tupiniquim, guiado pelo pastor-TV, que não consegue ver diferença entre a "seleção" brasileira e o país Brasil). Todo fanático tem quatro características principais:

- Acredita em mitos e nunca verifica se o que ele acredita é verdadeiro ou falso;
- É teimoso: mantem seu pensamento de maneira insistente;
- Não acredita em críticas, mesmo construtivas;
- Seu desejo é que aquilo que ele acredita se torne uma unanimidade, seguido rigorosamente por toda a humanidade.

Se os fanáticos pelo Deus-Kaká se sentem incomodados com este blog, simplesmente peço que evitem de vivitá-lo. Não sou obrigado a respeitar quem não se respeita, que engana os outros fingindo a bondade que não mora no coração.

Eu nunca visitei blogs pró-Kaká para esculhambar. Aliás, não esculhambo ninguém. Apenas critico. E só critico quando alguém erra. Não invento defeitos. Errou, merece puxão de orelha. Aplaudir erro é coisa de cúmplice de criminoso.

Peço que esses fanáticos parem de mandar mensagens. Que eles saibam que elas nunca serão publicadas e que eles arrumem outro jeito de defender seu ídolo. Até serem traídos por este mesmo ídolo.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Copa para até mesmo os sites de ônibus

Parece que a "Santa Alienação de cada Copa" que é imposta na marra pela mídia e regras sociais ao imaginário popular é sagrada e ninguém tem a coragem de largar. Uma prova de que a sociedade brasileira em geral ainda vive na infância bem tenra (aquela da chupeta e da mamadeira). Quando será que o povo vai largar essa chupeta chamada copa?

Até mesmo os sites de ônibus mais conhecidos resolveram parar. Pelo jeito os busólogos resolveram compensar a esquisitice da busologia com o ultra-convencional e conservador hábito de torcer pela "seleção", para ela trazer sabe se lá o quê para o país.

Se meus sites não estão sendo atualizados, é porque tenho que estudar para os benditos concursos públicos para eu arrumar emprego. Algo que cada "adorado" jogador da "seleção" não sabe fazer e nem precisa fazer.

Estou sendo bastante prejudicado (sobretudo no que se diz a concursos públicos) por esse recesso gerado pela adoração fanática a algo inútil e puramente lúdico. Vai demorar muito para os brasileiros aprenderem.

Enquanto isso curtamos os problemas de nosso país. Ninguém quer que eles sejam resolvidos mesmo.

Dunga esculachou Fátima Bernardes e a Globo

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Dunga fez um verdadeiro ato de heroísmo nesta copa, peitando a poderosa e chata Rede Globo, maior responsável por incitar a população a aderir a este fanatismo alienado que dá dribles certeiros na lógica, na coerência, no bom senso e até na maturidade.

Passei a gostar de você, Dunga. Com absoluta certeza o maior gol da seleção brasileira nesta copa foi esse. E feito pelo Dunga. Brasil-il-il-il...

Dunga esculachou Fátima Bernardes e a Globo

Fonte: Comunidade Rio de Janeiro - RJ. Sábado, 19 de junho de 2010
Publicado também no Brasil, um País deTolos de Marcelo Delfino

Segunda-feira, véspera do jogo de estreia da seleção brasileira contra a Coreia do Norte, por volta de 11 horas da manhã, hora local na África do Sul.

Eis que, de repente, aportam na entrada da concentração do Brasil: dona Fátima Bernardes, toda-poderosa Primeira Dama do jornalismo televisivo, acompanhada do repórter Tino Marcos e mais uma equipe completa de filmagem, iluminação etc.

Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a dominadora esposa do chefão William Bonner sentenciou:

"Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV Globo, com o treinador e alguns jogadores..."

Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE dirigiu-se ao portão e após ouvir da sra. Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação.

"Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de "REPORTAGEM EXCLUSIVA" para a Rede Globo. Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma..."

Brilhante!!! Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada.

"Mas - prosseguiu dona Fátima - esse acordo foi feito ontem entre o Renato (Maurício Prado, chefe de redação de Esportes de O Globo) e o presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria".

"Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe. E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo (Teixeira) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!"

O treinador então virou as costas para a supra sumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir.

Dunga pode até perder a classificação, a Copa, seu time pode até tomar uma goleada, mas sua atitude passa à história como um exemplo de coragem e independência.

Dunga simplesmente mijou na Vênus Platinada! Uma estátua para ele!!!

Vuvuzelas



O som dessas cornetas não lembra alguma coisa? Mais irritante impossível.

domingo, 20 de junho de 2010

A verdadeira Seleção Brasileira - O time de reservas

Fazer uma lista com as 11 mais gatas do país é muito difícil e sempre há quem fique de fora. Portanto aqui está a segunda parte da lsita com as que não "jogaram" no time de estréia.

Convém lembrar que o fato de serem reservas não é nenhuma redução de qualidade, já que os reservas tem que ser tão bons quanto os titulares.

Com vocês as 11 gatas que estiveram ausentes na lista anterior.




Incoerências de quem curte futebol na copa

Bom, hoje temos mais um jogo da "seleção" de amarelos. Nota-se uma gigantesco fanatismo, caracterizado pela obsessiva atração pelo campeonato que acontece a cada 4 anos. Não se vê esse doentio amor em outros setores da humanidade e nem em outros campeonatos esportivos.

Eu resolvi fazer uma lista de incoerências relacionadas com os "patriotas de copa", esses fanáticos que pensam que estão certos só porque cultuam algo que a maioria cultua (Marias-vão-com-as-outras?). Como o fanatismo é algo irracional e doentio, absurdos são muito comuns na hora de defender essa verdadeira mania nacional que incomoda quem quer fugir dessa hipnose coletiva.

Vamos a nossa listinha de absurdos:

- Confundem a "seleção" com o próprio país e acham que osjogadores representam o nosso povo.

- Tratam o futebol como dever cívico e não como uma mera forma de diversão.

- Nunca são patriotas em assuntos sérios. Mas na copa passam a "amar" o Brasil.

- Só gostam da seleção oficial de futebol (a que joga nesta copa). Outras modalidades de futebol (feminino, júnior, salão, praia) são ignoradas pelos mesmos.

- Acham que os jogadores fazem uma importante missão caridosa e heróica, apenas empurrando as bolas nas traves.

- Os torcedores acham que não são manipulados pela mídia, mas fazem tudo perfeitamente como mandam os meios de comunicação.

- Falam que os jogadores da "seleção" são patriotas. Mas a maior parte deles joga e mora em outros países.

- Os torcedores canalizam a alegria que não tem na vida à vitória da "seleção" em uma copa.

- Essa seleção oficial de futebol (atualmente chefiada pelo treinador Dunga) é conhecida apenas como "seleção", como se não existisse seleção de outras coisas.

- Acham que os jogadores representam o povo brasileiro.

- Acham justo que um jogador ganhe fortunas sem sequer completar o ensino básico (primário) enquanto quem se forma em faculdade tem dificuldade de encontrar emprego e quando encontra, ganha muito menos do que merecia.

- O país interrompe suas atividades para ver um jogo da "seleção".

- Quem não costuma gostar de futebol passa a gostar em época de copa, por achar que é um "dever cívico".

- Se acham no direito de fazer barulho na hora que querem sem respeitar o direito dos outros ao sossego.

- Falam mal do Galvão, mas é com ele que querem assistir os jogos. Ele é uma "cheerleader" perfeita.

- O Hino Nacional Brasileiro é quase sempre relacionado aos eventos de futebol.

- Todo jogador é considerado "um anjo", "bom caráter", e não há escândalo que tire de cada um deles essa reputação.

- Querem que a "seleção" vença de qualquer maneira, como se ela fosse mudar o destino de nosso país.

- Quando percebem que alguém não curte futebol, esse alguém é tratado como uma ameaça, um inimigo a ser evitado, mesmo que quem goste de futebol tenha todo o apoio da mídia e de toda a sociedade.

- Deixam de comprar o necessário para comprar algum supérfluo relacionado à copa. E ainda acham que não é supérfluo.

- Os torcedores têm a ilusão de que estão fazendo algo de importante para a nação e que os jogadores irão retribuir o carinho dos mesmos torcedores.

- Chegam a fazer orações, novenas, procissões sérias para que a "seleção" ganhe o campeonato.

- Acreditam que quando o Presidente da República recebe a seleção, está recebendo na verdade os "soldados" que irão "defender a nação" em uma "guerra".

- Também acreditam na impossibilidade de falcatruas e maracutaias para ajudar a "seleção" a vencer na moleza. Mesmo sendo a pátria do "jeitinho", os torcedores acreditam que a "seleção" é honesta.

- No desespero, querem associar a paixão esportiva à ciência, à rebeldia, à politização ou a valores mais elevados, na tentativa de negar a futilidade desse ufanismo.

- Os torcedores chamam quem não gosta de louco, mas quem gosta é que assume características de desequilíbrio mental ao demonstrar seu amor ao futebol.

- E mesmo nessa incoerência toda, os "patriotas de copa" vivem dizendo que são "inteligentes" e "conscientizados" e se irritam, quando são chamados de alienados.

- E quando a copa acaba, mesmo com a "seleção" campeã, volta tudo como era antes, provando que toda a dedicação fanática em prol de 11 amarelados sempre é algo totalmente fútil e inútil.

Ora, me deixem dormir!

sábado, 19 de junho de 2010

Fanático se prende a ponte para "favorecer a seleção"

Sinceramente, como é que o povo trouxa ainda quer levar a sério o que deveria ser apenas uma fonte de prazer e diversão?

Esse maluco aí na foto é um pobre coitado conhecido como Paulo Mendes, que decidiu se acorrentar numa ponte em São Paulo para "estimular o patriotismo" e incentivar a vitória da "seleção". Ele crê que os amarelos vençam de 3 a 0 amanhã.

A copa se tornou uma fonte inesgotável de muita bobagem dita e feita pelos seus simpatizantes. Adultos se comportando como criancinhas de 3 aninhos de idade só por causa de algo que nada irá trazer de concreto para a população do país.

Quando é que apopulação brasileira irá amadurecer? Quando?

Fanáticos lançam mão da ciência e de textos "inteligentes" para defender seu ponto de vista

Uma das coisas que mais incomodam os fanáticos pelo futebol na copa é o rompimento da sagrada unanimidade do culto à "seleção". Como eles pensam que torcer pelos amarelos na copa é patriotismo, acham que todo brasileiro deveria ter a obrigação "cívica" de torcer pela vitória da "seleção". A simples existência de uma só pessoa que se recuse a torcer pela Seleção Amarelão, já deixa qualquer fanático coçando feito urtiga.

Como todo fanático é burro e todo burro é teimoso, eles insistem em driblar (gostaram?) a lógica e a coerência e continuam a associar insistentemente uma simples atividade de lazer como torcer para uma equipe de futebol com a idéia de patriotismo.

Agora, cansados de serem chamados de burro, encontraram uma forma de usar a lógica para driblar a lógica (???). Passaram a escrever textos bem redigidos, a associar com teses científicas, a inventar que os (analfabetos) jogadores utilizam o cérebro para atuarem em campo, a valorizar mais as jogadas (gente, futebol não é racional - é bola na trave e só - não precisa jogar bem), dizer que une as pessoas, que muda a vida de todos, que mexe com a política e outras bobagens que só os burros e os pseudo-intelectualizados aceitam como "verdades". Futebol só muda a vida de quem está diretamente envolvido com ela. E isso exclui a torcida.

Mas para quem raciocina muito bem, essas tentativas de criar uma espécie de "filosofia do futebol", acabam se tornando mais um engodo safado para satisfazer os interesses de quem vive de mal com a vida, achando que a felicidade se resume a uma vitória em um campeonato. Para eles, tudo é válido para valorizar os 11 supostos "heróis" que fazem com a população nada além do que já fazem os palhaços de um circo com a platéia.

Quando a sociedade amadurecer, vai perceber que o futebol é apenas um esporte, que a copa é apenas um campeonato e que não cabem mais de 190 milhões de pessoas em uma mera equipe de futebol.

O futebol é válido sim, como esporte. E é sendo apenas um esporte (e só isso) que ele se torna prazeiroso. Porque quando o futebol se torna outra coisa além disso, sai de sua função original e gera conflitos. Estes conflitos acabam por dividir um país inteiro em Burros Fanáticos versus Inteligentes Inconformados, num campeonato sem fim e nada pacífico.

Viver no Brasil é um castigo para quem não compactua com esse fanatismo

Eu gosto de meu país, de maneira moderada e sadia. Reconheço que tem problemas graças a ganância típica de uma país que se assume capitalista.

Mas fico pasmo em perceber que nesta época, em que o mais importante campeonato de futebol acontece, a alienação causa uma fanatismo sem precedentes, capaz de colocar um simples esporte em um contexto muito superior ao que ele pertence.

Nesta época eu tenho vergonha de ser brasileiro, já que a maioria da população adere sem pensar a essa manipulação sócio-midiática da copa, como se a simples conquista de um troféu fosse mudar a vida e o destino dos brasileiros.

Nesta época, quem não compactua com essa hipnose coletiva sofre bastante. O que temos que aguentar:

- Serviços essenciais param por causa de um joguinho.

- Telejornais sérios aderem ao parcialismo e ao show bobo da copa, com direito a várias reportagens fúteis e informações inúteis sobre a "seleção".

- As besteiras que os defensores desse fanatismo dizem para defender o evento, dando a entender que para eles, futebol é a única coisa que consegue alegrar o povo tupiniquim.

- Cornetas e gritarias muitas vezes em horário inapropriado, perturbando o sossego de quem quer aproveitar a folga "forçada" para descansar.

- Tratar produtos ligados a copa como artigos de "primeira necessidade" só porque pensam que estão "ajudando o país com isso.

- A própria ideia de patriotismo, transformando uma coisa fútil como futebol num "dever cívico" enquanto que em ocasiões realmente sérias, os mesmos "patriotas" de copa querem que o país se dane.

Torço para que a seleção brasileira perca os próximos jogos e seja eliminada logo de primeira. Poucos sabem, mas o país só ganha com esta derrota, tentando ensinar a população a não colocar futilidades em primeiro lugar.

O verdadeiro e maior adversário do Brasil é a "seleção" brasileira. Podem estar certos disso.

Varrendo a sujeira para debaixo do tapete

Detesto quando alguém me diz a absurda idéia de que o brasileiro tem que gostar de copa porque sofre e essa é a "única alegria" dele.

Isso se chama F.U.G.A., ou "varrer a sujeira para debaixo do tapete".

Como se só o futebol na copa fosse capaz de dar alegria a um brasileiro.

Como se os problemas do Brasil fossem resolvidos com a vitória da "seleção" em um campeonato mundial.

Realmente só alguém bastante acomodado e alienado pode pensar dessa forma.

Trocar uma alegria verdadeira por uma alegria de mentirinha não faz bem a ninguém.

Um dia quando o tapete não puder mais esconder tanta sujeira...

Mulher de Kaká proibe jogador de fazer fotos vestindo só cueca

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Eu não sei porque o Kaká e sua "Kakázinha" vivem posando de "boa gente". Eles são mesquinhos, mercenários e muito egoístas. Ainda mais que seguem a religião dos corruptos e que poderão integrar a cúpula da mesma igreja quando o jogador-galã metido a servo de Deus (que blasfêmia") se aposentar.

Como prova da cara-de-pau desse casal metido a besta, coloco aqui uma entrevista de "bela senhora" falando besteiras como "o povo sofre para ajudar meu marido". Muita cara-de-pau mesmo. Mau caratismo puro. Deus não gosta de gente assim. O casal deverá ir para o umbral, para uma reciclagem em seu caráter. Deverão reencarnar pobres.

Vejam o vídeo abaixo. Mas antes, leiam sobre mais uma besteira que o metido a besta se meteu.

Mulher de Kaká proibe jogador de fazer fotos vestindo só cueca

08 de junho de 2010 • 10h04 • atualizado às 10h26 - Terra

O ensaio sensual publicado pela Vanity Fair com jogadores de futebol vestindo somente cuecas causou um furor entre aqueles que admiram os astros do esporte. O que ninguém havia entendido era o motivo de o brasileiro Kaká ser o único a vestir calça jeans nas fotos. De acordo com a coluna Gente Boa, do jornal O Globo, quem proibiu o rapaz de mostrar um pouco a mais foi sua mulher, Caroline Celico.

Em entrevista à revista Joyce Pascovitch, de junho, ela, que é pastora evangélica, disse que não permitiu o marido posar somente de cueca por achar que este tipo de conteúdo é exclusivo dela. Na mesma edição, Alexandre Pato e Samuel Etoo usam somente roupas íntimas, enquanto Kaká aparece com um jeans de cintura baixa.

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