terça-feira, 29 de novembro de 2016

Acidente com a Chapecoense cria histeria coletiva

No Brasil, quando o assunto é futebol, o país para. Um povo ainda imaturo, que não sabe ainda sequer se indignar de forma racional, fazendo isso de forma passional, seja de que lado estiver, ainda considera uma forma de lazer como sua maior prioridade.

O episódio ocorrido com o acidente da equipe da Chapecoense virou o assunto do dia. E olha que o time nem é o dos mais admirados. Sites que deveriam tratar o assunto como um acidente comum, falam do fato como se tivesse morrido algum parente querido ou alguém muito importante a resolver os maiores problemas do país.

Sabe-se que nas favelas morrem inocentes todos os dias sob a desculpa do combate ao tráfico. Direitistas mais radicais desejam a morte de esquerdistas, por motivos que só existem na imaginação fértil dos mais histéricos fascistas. Mas quando morre algum jogador de futebol, o choro é coletivo, e vem de todos os lados, tribos, raças, credos e orientações sexuais ou políticas.

Acidentes aéreos com muito mais vítimas não foram tratados assim tão apaixonadamente. Fico imaginando se ao invés da Chapecoense, tivesse morrido a "Seleção", com o Neymar entre as vítimas fatais. Seria declarado luto oficial, teríamos um feriado e Neymar seria condecorado mártir máximo do patriotismo brasileiro e possivelmente enterrado com honras de chefe de estado.

Triste viver em um país que coloca o futebol como prioridade máxima. Por isso que nunca resolvemos nossas crises. Não somos um país. Somos um estadio de futebol.

domingo, 21 de agosto de 2016

A cheerleader tagarela

Sabe porque o Brasil não tem cheerleaders? Porque tem um jornalista-torcedor que é muito mais eficiente na função de tentar animar a plateia brasileira: Galvão Bueno. E como toda a cheerleader, não consegue parar quieto enquanto exerce a citada função.

E Galvão, que gosta de falar bastante (ele é portador de um fenômeno chamado logorreia) e muitas vezes sem necessidade, não raramente chega a dizer verdadeiras asneiras no ar. Isso sem contar na postura de torcedor excessivamente entusiasmado que demonstra durante suas atuações. Algo que não combina com alguém contratado para ser um jornalista esportivo e não um fanático expectador. Mas Galvão é a cheerleader oficial do Brasil: fazer o quê?

Uma de suas muitas gafes foi falar durante uma competição de natação justamente no momento em que todos deveriam estar calados. Bueno tomou bronca de um colega da BBC (registrada no vídeo abaixo, com legenda). Após o ocorrido, pelo menos Bueno teve a sensatez de assumir o erro e fazer as pazes com o jornalista que o criticou.

Mas personagens como Galvão Bueno são excelentes em uma sociedade como a brasileira, pessimamente educada, avessa a intelectualidade (mas que adora ser rotulada de "inteligente"), que considera como seu maior "orgulho" uma reles forma de diversão chamada futebol, que para os mais ingênuos, é a principal razão de ser do povo brasileiro. O que explica o mimimi pela má atuação de Neymar (cria de Galvão Bueno), como se o jogo dele pudesse salvar as vidas de milhões de pessoas.

Por isso que apesar de ser tido como "chato", muita gente ainda prefere assistir eventos esportivos sob seu comando. Há algo de hipnotizante na chatice de Galvão Bueno...

Pseudo-nerds brasileiros insistem em associar Neymar ao mundo nerd

O site Judão, que se autodenomina "nerd", embora eu não veja nenhum traço da tribo em seu conteúdo e na aparência de gordos barbudos de seus responsáveis, mostrou a capa do jogo PES 2011 que é oficializado pela Fifa e tem na capa o arroz de festa Neymar e o português-que-age-como-brasileiro Cristiano Ronaldo.

O texto do site não faz nenhum elogio aos jogadores, mas quem visitou o site durante a copa, sabe que seus responsáveis são tão pró-futebol quanto qualquer troglodita que vive surrando nerds em qualquer pátio escolar.

Digitando as palavras "nerd" e "Neymar" em sites de busca (experimentem fazer isso no Google), encontramos muitos sites ditos "nerds" que lançaram postagens falando sobre o hiperbólico jogador. Quem tem a cabeça no lugar sabe que nerd de verdade prefere ignorar o futebol (cada vez mais alienante e estimulador de fanatismo) e ainda mais trastes como o jogador com cabelo de pônei. Nerd que adora futebol não é nerd coisa nenhuma. Melhor escolher outro nome para a sua "tribo".

Mais uma prova que a verdadeira cultura nerd ainda não chegou ao Brasil e que o que se vê é na verdade a utilização ilícita do rótulo para garantir vantagens pessoais e estar na moda.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Futebol está perdendo popularidade? O ato de torcer foi canalizado para a política?

Algo estranho começa a acontecer no país: a "seleção" não desperta mais o interesse popular. pelo menos não tanto quanto antes. Sei que a derrota na última copa, a mais vexaminosa por ter sido uma goleada e em uma copa organizada no Brasil. 

A eliminação na Copa América e a queda de qualidade de nossos jogadores, transformando a "seleção" em um time de um jogador só (só ganha quando Neymar joga) pode finalmente fazer com que a próxima copa, jogada na Rússia, seja a primeira sem os brasileiros. A não ser que patrocinadores comecem a soltar dinheiro para garantir a presença de uma seleção ruim só para manter a tradição brasileira de fazer férias forçadas de quatro em quatro anos.

Os brasileiros parecem ter transferido o clima de torcida para a política. De um lado, os progressistas, defensores dos direitos humanos e eleitores de partidos de esquerda. De outro, os conservadores, defensores das instituições e eleitores de partidos de direita. Ambos digladiando para ver quem "é o melhor". Ambos falando em nome do bem estar coletivo sem de fato lutar pelo mesmo.

A política brasileira não tem sido levada a sério. Tratada como uma novelinha ou campeonato esportivo, ele estimula a exaltação de ânimos e um bloqueio da racionalidade. os partidários e interessam muito mais em defender ideologias do que solucionar os problemas do país, que crescem enquanto a população permanece distraída nesse "Fla x Flu" político.

A intromissão empresarial no futebol e na política

Os grandes empresários e a mídia que os representa quer mais é que este clima alienado se fortaleça. O povo, cada vez mais ignorante, subestima a política, ignora a sua complexidade e escolhe o seu lado favorito para ser o "salvador" da pátria, quando pouquíssimos conseguem perceber que por trás da política existe uma intricada e gigantesca rede de interesses envolvendo pessoas que nunca vemos sequer na TV. Obedecemos as decisões de forças invisíveis que nem sabemos que existem.

O mais risível é que os dois lados, mesmo que o interesse do futebol esteja diminuindo, ignoram a corrupção do mesmo e também o fato de que é essa mesma corrupção que fez com que o futebol se glamourizasse, tornando uma quase unanimidade, uma obrigação cívico-social seguida por pessoas de todas as tribos, etnias, classes e credos. Tirar o futebol das mãos de cartolas e patrocinadores é querer transformar a carruagem em abóbora. Ou seja, ou aceita-se a corrupção ou procuremos um esporte menos corrupto para curtir.

A mesma coisa é a política, pois estamos diante da surreal decisão de tirar uma presidente sem provas de envolvimento em corrupção para colocar no lugar corruptos comprovados que vão aos poucos destruindo conquistas sociais de mais de 60 anos, para que sejamos todos reféns dos empresários que verdadeiramente controlam o país. E a política e o futebol não fogem do controle desses empresários, que agem como donos de nossas vidas e fazem de tudo para que não saibamos disso.

Acordemos para a realidade. Os empresários querem nos manter dopados. E usando futebol ou estereótipos políticos, farão de tudo para que fiquemos deitados eternamente em berços esplêndidos.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Americanos assemelham-se com brasileiros a priorizarem eventos esportivos

Hoje não teve outro assunto: Super Bowl, o campeonato de "futebol" americano que aos poucos vira febre nos EUA e em alguns países de língua inglesa. 

Para reforçar a torcida, praticamente quase todas as celebridades mais badaladas do momento, salvo raríssimas exceções, deixaram tudo de lado para curtir o evento, com aquele fanatismo que a gente vê nos brasileiros na copa do mundo de futebol.

O que significa que os americanos não são assim tããão diferentes de nós e que é uma ilusão acreditar que por ser a nação que "manda" no planeta significa que ela seja a mais evoluída. Não é.

Lá também se transformam em deuses um bando de panacas só porque sabem lançar uma bolinha no "lugar certo", um feitio que nada tem de heroico e muito menos ajuda a sociedade a se evoluir, servindo de mero passatempo para desocupados.

Pena que para muita gente, a diversão alem de prioritária, vira  uma unanimidade, fechando o caminho para qualquer tipo de diversidade. Todos seguem a correnteza, se esquecendo do desfiladeiro lá adiante.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Pizza de Aniversário


Neymar faz anos hoje e ontem ganhou um presentaço: teve as acusações de envolvimento seu em casos de corrupção arquivadas. Ou seja, Neymar está livre, leve e solto, dispensado de qualquer investigação que comprove irregularidades envolvendo seu nome. Mais um sucesso na vida do homem mais sortudo do Brasil. Hoje teremos pizza de aniversário na festa do hiper-estimado jogador.

O mais-que-ovacionado jogador até recebeu hoje parabéns de várias celebridades que fingem ser contra a corrupção, mas na verdade querem mesmo é ver um integrante do proletariado longe da política, aplaudindo corruptos que agradem a elite. Corruptos, só os de direita, pois sabem roubar direitinho, sem deixar rastro.

Proletariado, só se correr atrás de uma bolinha, como o Neymar (que é direitista assumido, ou seja, pró-elite), que evidentemente já enterrou seu passado de proleta e virou magnata. Um magnata meio burrinho que nem fala direito e muito menos associa as ideias, mas um magnata.

Hoje ele está feliz. Deve passar a noite com o maior harém do mundo que nem está aí para a sua feiura ou sua burrice. Neymar, que em país sério não passaria de um circense a distrair as massas, no Brasil, terceiro país mais ignorante do mundo, ele é "deus", é mestre, é o menino que acabará com a crise no Brasil simplesmente por correr atrás de uma reles bola de couro. Valorizado só porque consegue correr atrás de uma bolinha, sua única qualidade supostamente relevante.

Será preciso melhorar a educação para fazer a população entender a superficialidade e a inutilidade de um ídolo como Neymar, o perseguidor e chutador de bolinhas?

sábado, 30 de janeiro de 2016

Galanteios

Bruna Marquezine é assunto de um passado remoto. Enquanto a Marquezine, pelo que parece, roubou um cantor de uma outra atriz, Neymar não quer saber nem mesmo das celebridades brasileiras. Agora o negócio dele são as gatas internacionais. O jogo dele agora é tentar conquistar a modelo Kendall Jenner e a atriz Chloe Grace Moretz (esta disse que ama ele).

Feio, desajeitado, mal instruído, vulgar, mas MUITO RICO, usa a sua conta bancária lotada para compensar as qualidades que não tem para conquistar agora as gatas internacionais.

E eu me matando de estudar durante anos, conquistar suado um diploma de nível superior para ganhar salário mínimo e namorar umas barangas burras e feias, enquanto esse troncho sem o primário completo tem o redondo planeta aos seus pés, incluindo as mulheres mais desejadas do mundo, todas de joelhos diante dele. Bah!

Neymar, o homem mais sortudo, não somente do Brasil. Agora o mais sortudo do mundo.



sábado, 9 de janeiro de 2016

Cariocas escolhem América e Bangu para fingirem gostar de futebol em estado onde hobby é obrigação social

Ninguém assume, mas a realidade mostra na prática. No Rio de Janeiro, gostar de futebol é uma obrigação social. A sociedade é dividida nos quatro times mais bem sucedidos (Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco) e toda a interação social é feita utilizando estes quatro times. 

As pessoas nem perguntam se a pessoa gosta de futebol ou não. Pergunta para qual time torce. Ter um dos quatro times na carteira de identidade e sinal de simpatia, de bom convívio e até mesmo de "espírito de equipe". Há casos reais, mas pouco divulgados de pessoas que foram demitidas por não gostarem de futebol, com as empresas alegando que elas "não sabiam trabalhar em grupo".

Por ser uma regra social bem rígida, não é cômodo assumir publicamente o desprezo pelo futebol. Ser não-torcedor para cariocas é o mesmo que ser ateu diante de cristãos fanáticos. Dá briga. Por isso, ao invés de assumir não gostar de futebol, os cariocas que desprezam o futebol resolveram fingir o gosto escolhendo times impopulares e pouco sucedidos como "times do coração".

Pode ser qualquer um desses de cidades do interior cujas sedes parecem campos de várzea e seus jogadores ganhem salários mensais inferiores ao gasto de apenas um dia que Neymar tem com seus cachorros de estimação. Mas para maioria, os times escolhidos são o America e o Bangu, pela relativa facilidade de encontrar alguma informação, para forjar a falsa dedicação.

Como são times que não interessam aos torcedores dos quatro times manjados, é um meio de fingir o hobby com chances pequenas de ser desmascarado. Se escolher um dos quatro bem sucedidos, as cobranças serão maiores e o falso torcedor terá que dedicar boa parte do seu tempo livre ao hobby para poder manter a farsa. Por isso a escolha por times menores é bem mais segura.

E ainda torcemos para que um dia o direito de não gostar e futebol seja respeitado para que as pessoas não tenham o desgosto de serem forçados a se dedicar a um hobby que não lhes dá prazer.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Padronização de ônibus em Porto Alegre é influenciada por futebol

A era da mediocridade vai emburrecendo todo mundo. E nada melhor que usar o monopolizante futebol para inspirar a monopolizante padronização visual que esconde da população o direito de conhecer as empresas vencedoras da licitação municipal. Como vê, uma pirataria legalizada e assinada em decreto.

O prefeito de Porto Alegre, a terceira capital mais fanática em futebol do país, decidiu "homenagear os times locais com a nova pintura dos ônibus, que esconde a identidade das empresas colocando no lugar a redundante informação do nome da cidade. "O povo que se vire", como dizia o prefeito carioca que lançou o modismo do fardamento de ônibus com nomes de prefeituras.

Futebol e curitibanização dos ônibus: duas medidas retrógradas a iludir as massas, reduzindo intelecto, qualidade de vida e o direito a diversidade.


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