O episódio ocorrido com Dunga, a hospedagem do site oficial da CBF e o direito da Rede Globo de escolher horários de jogos e decidir quando os jogadores irão ou não aparecer nas TVs, jogam cada vez mais lenha na suspeita de que as Organizações Globo são donas da CBF.
Dá para perceber que a Globo é a maior interessada em impor a confusão entre gostar de futebol e amar o país. Obriga a todos a gostarem de futebol e ignora solenemente (e até condena, em alguns casos) a existência de brasileiros que não gostam de futebol. Num país de católicos e evangélicos, ateus são tratados como criminosos. O mesmo acontece no Brasil com quem não curte futebol.
Mas porquê a rede Globo e suas empresas associadas não assumem que são donas da CBF? Simples: porque a magia desaparece. E desaparecendo a magia, o fanatismo deixa de existir. Eu explico.
Para a maioria da população (e isso é ainda maior quanto menores forem o nível educacional e o senso crítico da população), a CBF pertence ao povo. Mesmo que não seja verdade, é uma crença que conforta.
Para a população futebosteira, a CBF é uma autarquia pública, sem fins lucrativos, filiada ao governo, onde o técnico tem status de Ministro de Estado e os jogadores, soldados que vão defender o país em seríssimas batalhas. Parece delírio, mas é assim que os fanáticos pela "seleção" pensam.
Essa ilusão de que a CBF é do povo soa fabulosa, tão confortável para as pessoas como a crença em Papai-Noel para as crianças. Acreditar nessa mitologia dos jogadores-guerreiros alimenta esse fanatismo que acaba por gerar uma falsa alegria que serve de muletas para quem não tem a verdadeira alegria. Colocar falsas alegrias no lugar de verdadeiras, exige menos esforço. Lutar pela verdadeira alegria cansa para um povo acostumado com preguiça.
Vejam só um exemplo de como a Globo está relacionada com a CBF. Os fanáticos por futebol não gostaram da atitude do Dunga, não por causa do possível fato dele ter desobedecido a Rede Globo, sua empresa-patroa. Mas para a população, a Rede Globo (outra "representante do povo") estava com intenções "exclusivamente informativas" e a horda de alienados que pipoca em nosso país achou que seria sinal de simpatia o técnico de cabelos espetados ter aceito. Como não aceitou, a horda enfurecida o classificou de vilão oficial de 2010.
Com isso, a Globo, que costuma manobrar para que a "seleção" chegue pelo menos às finais, armou (ou permitiu, não se sabe ao certo, embora os jogadores da "seleção" sejam realmente medíocres) uma derrota para que Dunga tivesse um "motivo justo" para ser colocado no olho da rua. Não fazia sentido, para a Globo e para a imensamente estratosférica horda de alienados, que Dunga fosse expulso após uma vitória.
Vivemos num mundo onde tudo é medido pelas finalidades lucrativas. Com a queda do Muro de Berlim, os capitalistas se animaram e trataram de privatizar tudo, transformando tudo, mas tudo mesmo em mercadoria. Só não transformaram o ar em mercadoria porque isso iria matar a sua freguesia, conhecida hoje com o pomposo nome de "clientela.
Não é de se admirar de que o futebol se transformou numa "galinha dos ovos de ouro" e que o futebol-arte se encontra falecido desde 1986, substituído pelo futebol-espetáculo, que pelo menos na aparência, consegue enganar os torcedores ignorantes que não sabem diferir "arte" de "comércio".
E a hegemonia do futebol é ainda mais um motivo para acreditarmos ainda na força da Rede Globo, que consegue seduzir atém mesmo quem diz odiá-la, numa hipnose sem tamanho que faz os brasileiros agirem feito zumbis durante um mês inteiro, de quatro em quatro anos.
Difícil acabar com este fanatismo. Foi um excelente negócio a Globo comprar a CBF. Deve estar lucrando muito com essa verdadeira hipnose coletiva.
Dá para perceber que a Globo é a maior interessada em impor a confusão entre gostar de futebol e amar o país. Obriga a todos a gostarem de futebol e ignora solenemente (e até condena, em alguns casos) a existência de brasileiros que não gostam de futebol. Num país de católicos e evangélicos, ateus são tratados como criminosos. O mesmo acontece no Brasil com quem não curte futebol.
Mas porquê a rede Globo e suas empresas associadas não assumem que são donas da CBF? Simples: porque a magia desaparece. E desaparecendo a magia, o fanatismo deixa de existir. Eu explico.
Para a maioria da população (e isso é ainda maior quanto menores forem o nível educacional e o senso crítico da população), a CBF pertence ao povo. Mesmo que não seja verdade, é uma crença que conforta.
Para a população futebosteira, a CBF é uma autarquia pública, sem fins lucrativos, filiada ao governo, onde o técnico tem status de Ministro de Estado e os jogadores, soldados que vão defender o país em seríssimas batalhas. Parece delírio, mas é assim que os fanáticos pela "seleção" pensam.
Essa ilusão de que a CBF é do povo soa fabulosa, tão confortável para as pessoas como a crença em Papai-Noel para as crianças. Acreditar nessa mitologia dos jogadores-guerreiros alimenta esse fanatismo que acaba por gerar uma falsa alegria que serve de muletas para quem não tem a verdadeira alegria. Colocar falsas alegrias no lugar de verdadeiras, exige menos esforço. Lutar pela verdadeira alegria cansa para um povo acostumado com preguiça.
Vejam só um exemplo de como a Globo está relacionada com a CBF. Os fanáticos por futebol não gostaram da atitude do Dunga, não por causa do possível fato dele ter desobedecido a Rede Globo, sua empresa-patroa. Mas para a população, a Rede Globo (outra "representante do povo") estava com intenções "exclusivamente informativas" e a horda de alienados que pipoca em nosso país achou que seria sinal de simpatia o técnico de cabelos espetados ter aceito. Como não aceitou, a horda enfurecida o classificou de vilão oficial de 2010.
Com isso, a Globo, que costuma manobrar para que a "seleção" chegue pelo menos às finais, armou (ou permitiu, não se sabe ao certo, embora os jogadores da "seleção" sejam realmente medíocres) uma derrota para que Dunga tivesse um "motivo justo" para ser colocado no olho da rua. Não fazia sentido, para a Globo e para a imensamente estratosférica horda de alienados, que Dunga fosse expulso após uma vitória.
Vivemos num mundo onde tudo é medido pelas finalidades lucrativas. Com a queda do Muro de Berlim, os capitalistas se animaram e trataram de privatizar tudo, transformando tudo, mas tudo mesmo em mercadoria. Só não transformaram o ar em mercadoria porque isso iria matar a sua freguesia, conhecida hoje com o pomposo nome de "clientela.
Não é de se admirar de que o futebol se transformou numa "galinha dos ovos de ouro" e que o futebol-arte se encontra falecido desde 1986, substituído pelo futebol-espetáculo, que pelo menos na aparência, consegue enganar os torcedores ignorantes que não sabem diferir "arte" de "comércio".
E a hegemonia do futebol é ainda mais um motivo para acreditarmos ainda na força da Rede Globo, que consegue seduzir atém mesmo quem diz odiá-la, numa hipnose sem tamanho que faz os brasileiros agirem feito zumbis durante um mês inteiro, de quatro em quatro anos.
Difícil acabar com este fanatismo. Foi um excelente negócio a Globo comprar a CBF. Deve estar lucrando muito com essa verdadeira hipnose coletiva.
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