
Priorizar diversão e festinhas é, mal comparando, como se numa casa quebrada, necessitando de muitas reformas, fosse realizada uma grande festa, com a casa do jeito que está. Mas como crianças fascinadas pelos brinquedos caros que se mostram diante delas, a população, deslumbrada, prefere ficar com as festas do que arrumar a casa. Muitos até inventam que a arrumação da casa dependerá destas festas, como se o retorno financeiro estivesse garantido e não houvesse sujeiras e danos acontecidos por causa de tanta bagunça.
Realmente a população anda bastante deslumbrada, já que a realização de grandes eventos gigantescos é uma novidade para uma país que até então era considerado subdesenvolvido. Dá uma ilusão de inclusão. É o consumismo em proporções gigantescas.
Do mesmo modo que acontece com as crianças, para a população brasileira, melhorar a qualidade de vida já não tem mais graça. Legal é divertir, pular, sorrir. Mesmo em cima de ruas alagadas e embaixo de prédios desabados.
Mas em 2017, a conta será cara e as pessoas perceberão a importância de se adiar uma festa para a reforma da casa que beneficiará seus moradores. Depois da reforma, quem sabe, será melhor fazermos uma festa, para comemorarmos a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro?
Porque agora, não temos motivo nenhum para comemorarmos nada. São festas para se rir sem motivos, como débeis mentais que nós somos.
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