OBS: É arraigada em nossa sociedade a associação a esporte com valores superiores de humanidade, se esquecendo que qualquer esporte está ligado a duas coisas bem nocivas para o convívio humano: a competitividade, que estimula o egoísmo e a ideia do "físico perfeito", que tira muitas oportunidades de realização pessoal de gente que não satisfaz o padrão típico de um esportista "sarado".
Como é que em nosso país, as pessoas continuam associando esporte à educação e o bom-mocismo? Tirar oportunidades dos outros é correto? Para mim, com certeza não é.
Como O Esporte Deforma O Caráter
Alexandre Carvalho dos Santos - Revista Interessante edição nº 271
"O importante não é vencer, mas participar. " O lema apareceu pela primeira vez durante os Jogos Olímpicos de 1908. em Londres.
Desde então, encaramos o esporte como uma prática sem perdedores. Aos vencedores, os louros da vitória. Aos derrotados, o aprendizado - lições como disciplina. determinação, espírito de equipe.
Daí a missão das Olimpíadas: "Um mundo mais pacífico e melhor por meio do esporte" (com a qual o Rio foi encarregado de colaborar em 2016).
A tese soa inspiradora, mas nem pra todo mundo. Caso de ídolos, como o canadense Ben Johnson. que se entupiu de anabolizantes para bater o recorde dos 100 metros rasos na Olimpíada de Seul, em 1988. E de desconhecidos, como espanhóis que fingiram ter deficiência mental para competir com vantagem nos jogos de basquete da paraolimpíada de Sydney, em 2000.
Focados no pódio, eles trapacearam.
E isso não é tão incomum. Como diz a teoria, o esporte ajuda a moldar o caráter de uma pessoa. Mas, como diz a prática, pode ser para pior.
No dia-a-dia, atletas priorizam tanto o esporte que acabam menosprezando o que está fora dele. São até incentivados nisso.
Em Israel, 75% dos estudantes que praticam esporte no colégio são autorizados pelos pais a perder provas por causa de um jogo (entre pais de jovens músicos.a parcela é de 47%). E 66% dos atletas de colégio são liberados de entregar trabalhos na data marcada, de acordo com estudo da Universidade de Haifa.
Ainda que bem intencionada, a exceção ajuda a formar a ideia de que vale tudo por um bom resultado. E de que o esporte merece atenção total.
É por isso que colar em provas é mais comum entre atletas (65% colam) do que não atletas, como concluiu o Instituto Josephson de Ética, Ong dos EUA que entrevistou 5 300 estudantes americanos em 2007.
(fonte : Revista Super Interessante, edição nº 271)
Como é que em nosso país, as pessoas continuam associando esporte à educação e o bom-mocismo? Tirar oportunidades dos outros é correto? Para mim, com certeza não é.
Como O Esporte Deforma O Caráter
Alexandre Carvalho dos Santos - Revista Interessante edição nº 271
"O importante não é vencer, mas participar. " O lema apareceu pela primeira vez durante os Jogos Olímpicos de 1908. em Londres.
Desde então, encaramos o esporte como uma prática sem perdedores. Aos vencedores, os louros da vitória. Aos derrotados, o aprendizado - lições como disciplina. determinação, espírito de equipe.
Daí a missão das Olimpíadas: "Um mundo mais pacífico e melhor por meio do esporte" (com a qual o Rio foi encarregado de colaborar em 2016).
A tese soa inspiradora, mas nem pra todo mundo. Caso de ídolos, como o canadense Ben Johnson. que se entupiu de anabolizantes para bater o recorde dos 100 metros rasos na Olimpíada de Seul, em 1988. E de desconhecidos, como espanhóis que fingiram ter deficiência mental para competir com vantagem nos jogos de basquete da paraolimpíada de Sydney, em 2000.
Focados no pódio, eles trapacearam.
E isso não é tão incomum. Como diz a teoria, o esporte ajuda a moldar o caráter de uma pessoa. Mas, como diz a prática, pode ser para pior.
No dia-a-dia, atletas priorizam tanto o esporte que acabam menosprezando o que está fora dele. São até incentivados nisso.
Em Israel, 75% dos estudantes que praticam esporte no colégio são autorizados pelos pais a perder provas por causa de um jogo (entre pais de jovens músicos.a parcela é de 47%). E 66% dos atletas de colégio são liberados de entregar trabalhos na data marcada, de acordo com estudo da Universidade de Haifa.
Ainda que bem intencionada, a exceção ajuda a formar a ideia de que vale tudo por um bom resultado. E de que o esporte merece atenção total.
É por isso que colar em provas é mais comum entre atletas (65% colam) do que não atletas, como concluiu o Instituto Josephson de Ética, Ong dos EUA que entrevistou 5 300 estudantes americanos em 2007.
(fonte : Revista Super Interessante, edição nº 271)
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