quinta-feira, 18 de agosto de 2011

No Brasil, é mais importante quem faz algo não importante

Você é cientista, intelectual, ou faz alguma atividade altruísta ou planeja alguma solução concreta de melhoria para a sociedade, não espere reconhecimento público. O povo brasileiro não quer pessoas assim.



Impressionante como alguém cuja única vocação é correr atrás de uma bola é tão endeusado, a ponto de mudar inclusive o jeito de agir e até mesmo o penteado.



A não ser que você não tenha bom senso ou seja um débil mental, mas quem está com a cabeça no lugar sabe muito bem que futebol não interfere na vida de seus torcedores. Uma entrada de uma bola em uma trave não melhora vida de sociedade nenhuma, embora a mídia tente fazer a impossível associação entre a vitória de uma equipe e a melhoria de seus torcedores.



Todo e qualquer tipo de fanatismo sempre trava o raciocínio. Para quem não gosta de pensar - pensar exige esforço - acreditar no que dizem é bastante confortável. E o fanatismo do futebol muitas vezes é utilizado para justificar a felicidade do povo brasileiro, que estranhamente não quer melhorias de vida e sim a fuga narcótica do futebol, que muitos nem sabem porque gostam.



É muito fácil para um ídolo do futebol, analfabeto e de péssimas referências culturais ser adorado e imitado. Claro, ele não pensa e nem manda pensar. O que é engraçado é que muitos brasileiros que posam de "intelectualizados" adoram futebol e cultua,m esses ídolos. Essa pose é um sinal de hipocrisia ou ingenuidade em acreditar na utópica salvação da sociedade através do futebol?



É um verdadeiro desestímulo à educação, já que os jogadores enriquecem da noite para o dia sem praticamente completarem o primeiro grau. Para notar a gravidade da coisa, tem muitos jovens que começam a achar que o Hino Nacional Brasileiro é o hino da "seleção" da CBF. Um absurdo!



O fanatismo é tanto, que muita gente quer a organização dessa copa - a de 2014 - a todo custo, mesmo que falta dinheiro para coisas mais importantes. Para provar que eu estou certo, é fato de que a adesão a realização dessa copa é maior entre os menos intelectualizados.



A sociedade brasileira nunca irá se evoluir enquanto não parar de superestimar o futebol, que deveria ser visto como um lazer inócuo. Brasileiros são como crianças que odeiam estudar e não conseguem largar a chupeta.

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