sábado, 17 de abril de 2010

Salvador, capital da mesmice: também no futebol

Vivi durante anos em Salvador e notei uma característica peculiar e quase nunca comentada: falta de variedade em tudo. Quer variedade? Fuja de Salvador. Ela foi feita para quem gosta de mesmice.

Tudo na capital baiana é escasso: poucas mulheres lindas e cultas (as "muitas" que são vistas no carnaval, são na verdade turistas vindas de estados do sul/sudeste), poucas empresas de ônibus, poucas opções de lazer, um tipo de música irritante domina o cenário musical de lá, poucas lojas que vendam cds, na política só existe a esquerda mofada e populista e o Carlismo (culto ao ACM, o dono da Bahia, que ainda atua na capital, na forma de fantasma) e outros exemplos de escassez na capital que insiste em vender a falsa idéia de "capital da diversidade". Diversidade para eles é escolher entre 6 e meia dúzia.

Até para quem gosta de futebol, o fantasma da mesmice ataca ferozmente. Apenas dois grandes times tomam contado cenário, não só futebolístico, mas esportivo também. Existe uma piada que diz que em Salvador não tem esporte. tem BA-VI, a dupla Bahia e Vitória, que eu apelido com o maior prazer de Baitola e Viado (torcedor não gosta de mulher mesmo!).

O pior que a Bahia possui péssima infra-estrutura de locais para pratica esportiva e não possui times próprios de volei e basquete, mesmo com a relativa popularidade desses esportes na cidade. Seu principal estádio, o Fonte Nova, está em frangalhos, mas por causa de finalidades turísticas e necessidade de alienar um povo em que 90% são pobres e de analfabetos funcionais, as autoridades locais se apressaram em incluir a capital baiana nas cidades que vão sediar a copa de 2014, mesmo sem ter a mínima condição para isso. Uma atitude desastrosa e desesperada de quem quer transformar a capital baiana em palco do mundo. É como se fossem pegar uma mulher bem feia e colocar um vestido lindo para ela parecer "gata". O povo idiota agradece, pois se não tem pão, serve o circo.

E apenas dois times se destacando na cidade é de chatear até mesmo que não gosta de futebol. Aliás, mais uma prova de que brasileiro gosta de futebol por obrigação. Se o gosto pelo futebol fosse espontâneo, os torcedores de Salvador lutariam para a criação de novos times para a capital. Mas como são carneirinhos submissos, vai o que tem mesmo.

Essa e outras mostram que tanto a adoração ao futebol como a mania de achar que Salvador é o paraíso, terra das melhores coisas, são fruto de muita manipulação ideológica e submissão à grande mídia e a convicções sociais. Salvador, aliás, está sendo vitima hoje de uma fortíssima chuva (disseram que não chove em Salvador, hein?).

Desse jeito os soteropolitanos conscientizados só podem fazer uma coisa, se não puderem sair da cidade. Se isolar da chuva de idiotice que assola a capital baiana.

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