terça-feira, 20 de abril de 2010

Copa do Mundo: o grande espetáculo da alienação em massa

COMENTÁRIO DESTE BLOG: Não somos contra o futebol, mas somos contra a supervalorização do mesmo, já que não passa de um esporte, que é diversão apenas, mas é tratado como dever cívico e obriçgação social. Este texto não é meu, mas é mais um dos que tenho o prazer de postar aqui.

Copa do Mundo: o grande espetáculo da alienação em massa.

Mateus Netzel 16 16UTC março 16UTC 2010 Willian Funke

11 de junho. Nesta data aparentemente inocente, inicia-se o maior evento do mundo neste ano de 2010. Milhões de pessoas no mundo inteiro vão parar em frente de suas televisões para assistir ao início do espetáculo que é a Copa do Mundo de Futebol. Tempo de alegria e emoção… e alienação.

No dia 15 de junho, a nossa amada esquadra estreará (com vitória) na competição contra a fraquíssima Coréia do Norte, e o sentimento de alegria vai dominar a todos os brasileiros, em especial a uma classe bem específica: os políticos e candidatos à eleição de outubro.

Para alguns destes, não a alegria pela vitória, mas pela euforia de ver seus escândalos suprimidos pelas manchetes esportivas nos jornais populares. As mídias de massa estarão dominadas por um único assunto e a mascarada política brasileira terá ainda menos visibilidade. Isso gera um campo aberto para escândalos, corrupção, sonegação… e pior: sem ser noticiado como deveria nas mídias abertas.

Inúmeros são os brasileiros que sabem de ponta a ponta a escalação da nossa seleção, mas destes quais sabem em quem votaram nas últimas eleições? É esta disparidade de conceitos que determina a política brasileira como ela é hoje e isso é o que precisa ser mudado. É necessário dar fim ao conformismo e levar a política para ser discutida e avaliada por todos, sem preconceitos nem imposição de ideias.

Não estou aqui criticando o grande espetáculo que é a Copa do Mundo, muito menos a disseminação da prática esportiva como forma de integração social. O que critico é a sobreposição de valores essenciais por uma única manifestação cultural, prejudicando os debates necessários sobre os candidatos e suas propostas durante o processo eleitoral.

O X da questão é: a cada eleição revivemos os dias de ditadura: o êxtase do título de 70 ocultando a barbárie. Evoluímos pouco, a diferença é que agora, temos o poder de mudar. É um direito e, ainda mais, um dever. Um dever de manter a mente aberta e não deixar que o maravilhoso espetáculo do futebol estrague mais quatro anos deste país.

Pense, vote.

Mateus Marcel Netzel, curitibano de nascimento, campolarguense de coração, é um apaixonado por esportes, em especial o futebol, além de cidadão consciente. Em pouco tempo será um dos grandes nomes do jornalismo nacional.

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