segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Salvador da Pátria

Vejam esse sujeito. Ele é extremamente idolatrado e valorizado sem ter feito algo de relevante para benefício do país. Tudo só porque ele corre atrás de uma bolinha...

Ele é um mero jogador de futebol. Ganha rios de dinheiro, é amplamente divulgado pela mídia e a população o trata como um sub-deus. Tudo só porque ele corre atrás de uma bolinha...

Ele tem baixa escolaridade, mas é mais influente que um intelectual.
Ele não é bonito, mas as mulheres se derretem por ele.
Tem péssimo gosto musical, mas pode ser chamado para organizar (mais) uma (xexelenta) coletânea de música (como fizeram os Ronaldos).
Mal sabe falar, mas todos querem ouvi-lo.
Ele nada faz de útil, mas é tratado como se fosse um valente herói da pátria.
E a única coisa que ele faz é correr atrás de uma bolinha para levá-la a uma trave.

Como um sujeitinho desses sem importância, que não fede nem cheira, nem bom, nem mau, pode ser tão querido e valorizado?

Nada tenho contra os jogadores de futebol. Se eles ficassem limitados ao universo do futebol, tudo bem. Mas nota-se claramente que ele é valorizado como se fosse muito mais do que um simples jogador de futebol:
- um super herói?
- um benfeitor da humanidade?
- um guerreiro?
- um diplomata?
- Deus?

Tudo isso só porque ele corre atrás de uma bolinha...

Somente uma população com baíxíssima auto estima, vivendo num país em crise, cheio de desigualdades e injustiças sem previsão de encerramento, com uma mídia mentirosa e autoritária, altíssimos indíces de analfabetismo funcional, pode endeusar uma nulidade como Neymar.

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