sexta-feira, 13 de junho de 2014

Um orgasmo coletivo e nada mais

Vendido de difundido de modo insistente como "dever cívico", o futebol em copas é na verdade uma espécie de "confraternização nacional", já que na verdade o evento é utilizado como compromisso social entre aqueles que querem se sentir incluídos na coletividade brasileira.

Essa ânsia pelo futebol em copas é na verdade inútil, uma ilusão comparável a chegada de Papai Noel no natal, com a diferença que até adultos acreditam nesta ilusão. Uma Zona de conforto perfeita, já que mesmo não trazendo benefícios, todos não querem sair dela. Coincidência ou não, os mais acomodados e/ou os menos escolarizados são os que mais gostam do futebol em copas.

Mas depois de uma algazarra de 2 horas de duração na estreia da copa, o Brasil nada mudou. A velha rotina voltou e os velhos problemas também. O empenho de se dedicar totalmente a um campeonato de futebol comprovou a sua ineficácia, servindo muito mais de um catalizador de instintos do que de uma fonte de prazer. É como um orgasmo: dura pouco, não melhora a vida de ninguém e depois que acaba, tudo volta como está. Exatamente como era antes ou em alguns casos, até pior (como nos casos de gravidez indesejada, por exemplo).

E é essa a melhor definição desse fanatismo de copa: um orgasmo coletivo em que quase todos os brasileiros querem participar. Nada tem de esportivo, de cívico e muito menos de "paixão". É puro tesão instintivo, um orgasmo em que muitos preferem gozar junto. Uma grande orgia metida a evento de patriotismo. Amor a pátria? Como se os brasileiros não amam nem a si mesmos?

Só resta saber que tipo de filho nascerá dessa gravidez acidental. Há mais de 60 anos estamos nesse orgasmo crônico e tem nascido cada bebê-monstro...

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