Hoje é o casamento do Príncipe William com a sabe-se-lá-quem Kate Middleton. Para a maioria das pessoas, a concretização de um conto de fadas. para realistas como eu, um matrimônio qualquer. Interessante que esse casamento é no país que inventou o esporte e está atraindo gente tão fanática quanto. Há quem queira associar as duas coisas.
As pessoas, sobretudo quem vive no Brasil (A Terra do Faz-de-Conta), na incapacidade - ou preguiça? - de resolver os seus problemas cotidianos, prefere acreditar em ilusões, como "fugas" para se sentirem mais confortáveis. Eu prefiro resolver os problemas do que fugir deles, mas isso é complicado para a sociedade infantilizada em que vivemos.
Lembrem da copa de 2010. Todo mundo vestido de amarelinho, tendo como único assunto nas conversas a atuação de jogadores, como se a melhoria da atitude de cada um deles pudesse tirar a vida da população da miséria. O futebol em copas é outro exemplo de como a ilusão se torna prioritária para indivíduos frustrados e preguiçosos.
E quer conto de fadas melhor que o futebol em copas? Para a maior parte da população, a atuação da "seleção" em copas é o maior exemplo de amor ao país - mesmo que de fato não seja - do mesmo modo que o casamento do Príncipe se torna a maior prova de amor de um homem e uma mulher. A lógica prova que isso tudo nada tem a ver.
Associar futilidades a valores nobres é necessário para aqueles que vivem na ilusão porque quando questionados por sua adesão a algo tão fútil, possam justificar usando como argumento uma suposta necessidade, que de fato nunca existiu.
Pelo jeito os adultos querem soltar seu lado criança deste modo. Ao invés de adotarem uma sadia jovialidade - talvez sejam incapazes disso, graças a sisudez da vida adulta - optam por viver em ilusão, com crendices ilusórias e substituição do necessário que não conseguem obter pelas ilusões.
E essa ilusão dá a sensação de felicidade, de bem estar e de cumprimento dos deveres morais. Tanto o casamento do Príncipe como a atuação da "seleção" nas copas representam os -falsos - anseios de uma população de baixa auto-estima, com medo de lutar pela sua melhoria de vida, submissa à televisão, às autoridades e aos sonhos abstratos que acabam por criar uma irresponsável felicidade postiça que nada faz além de manter as coisas como estão.
E nossa sociedade conservadora, zeladora das - falidas - instituições, acaba mantendo todos os seus problemas em sua cotidiana plenitude, sem prevenir tragédias e tomando para si a felicidade - concreta - que deveria ser do outro.
Para quem é realista como eu, é duro viver numa sociedade iludida, hipnotizada por promessas que nunca podem ser cumpridas, esperando que o amor venha em uma carruagem real e a qualidade de vida venha em uma taça de ouro, na mão de algum analfabeto cheio de dinheiro.
Pobre nação brasileira, mergulhada eternamente neste berço esplêndido... Com sono, desamor e muita fome.
As pessoas, sobretudo quem vive no Brasil (A Terra do Faz-de-Conta), na incapacidade - ou preguiça? - de resolver os seus problemas cotidianos, prefere acreditar em ilusões, como "fugas" para se sentirem mais confortáveis. Eu prefiro resolver os problemas do que fugir deles, mas isso é complicado para a sociedade infantilizada em que vivemos.
Lembrem da copa de 2010. Todo mundo vestido de amarelinho, tendo como único assunto nas conversas a atuação de jogadores, como se a melhoria da atitude de cada um deles pudesse tirar a vida da população da miséria. O futebol em copas é outro exemplo de como a ilusão se torna prioritária para indivíduos frustrados e preguiçosos.
E quer conto de fadas melhor que o futebol em copas? Para a maior parte da população, a atuação da "seleção" em copas é o maior exemplo de amor ao país - mesmo que de fato não seja - do mesmo modo que o casamento do Príncipe se torna a maior prova de amor de um homem e uma mulher. A lógica prova que isso tudo nada tem a ver.
Associar futilidades a valores nobres é necessário para aqueles que vivem na ilusão porque quando questionados por sua adesão a algo tão fútil, possam justificar usando como argumento uma suposta necessidade, que de fato nunca existiu.
Pelo jeito os adultos querem soltar seu lado criança deste modo. Ao invés de adotarem uma sadia jovialidade - talvez sejam incapazes disso, graças a sisudez da vida adulta - optam por viver em ilusão, com crendices ilusórias e substituição do necessário que não conseguem obter pelas ilusões.
E essa ilusão dá a sensação de felicidade, de bem estar e de cumprimento dos deveres morais. Tanto o casamento do Príncipe como a atuação da "seleção" nas copas representam os -falsos - anseios de uma população de baixa auto-estima, com medo de lutar pela sua melhoria de vida, submissa à televisão, às autoridades e aos sonhos abstratos que acabam por criar uma irresponsável felicidade postiça que nada faz além de manter as coisas como estão.
E nossa sociedade conservadora, zeladora das - falidas - instituições, acaba mantendo todos os seus problemas em sua cotidiana plenitude, sem prevenir tragédias e tomando para si a felicidade - concreta - que deveria ser do outro.
Para quem é realista como eu, é duro viver numa sociedade iludida, hipnotizada por promessas que nunca podem ser cumpridas, esperando que o amor venha em uma carruagem real e a qualidade de vida venha em uma taça de ouro, na mão de algum analfabeto cheio de dinheiro.
Pobre nação brasileira, mergulhada eternamente neste berço esplêndido... Com sono, desamor e muita fome.
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