sábado, 6 de fevereiro de 2010

Monopólio do futebol, o ópio do povo

As alegrias que a seleção de voleibol nos dá são sensações de glória, de perseverança, de profissionalismo, de coragem e honestidade. Também o atletismo, a natação do Cielo, o basquete, a ginástica (mesmo com todo abandono) e todos os demais esportes no Brasil. Imaginem as alegrias que os demais esportes nos dariam se os recursos fossem tantos como os do futebol? Senão fossem tão desviados, como disse o Pelé, com certeza não precisaria de ajuda (Timemania) para cobrir seus déficits por má gestão O problema maior é a insistência que a mídia dá ao futebol, encabeçados pela Rede Globo, que é um dos poderes da república. Seus apresentadores se sentem como anjos escolhidos por Deus (Roberto I. Marinho) e acreditam que podem tudo, sempre usando o povo brasileiro como massa de manobra a pedido dos governos ou em interesse próprio. Elegem como heróis alguns jogadores que nada acrescentam à nossa cultura e dão maus exemplos a nossos filhos, enquanto deixam no limbo nossos verdadeiros heróis.

Reclamamos de nossas poucas medalhas, houve risos quando o Diego Hipólito caiu, virou chacota nacional, porém o Romário responde a dezenas de processos por agressão e é chamado de herói, dá pra entender? Atletas sem salário, sem estímulo, sem patrocínio, tudo isso é revoltante, com investimentos pífios não se pode esperar muita coisa. Entretanto, o futebol (ópio do povo) tem tomado muito mais espaço na mídia, porque? Dá mais lucro? Pra quem? Aliena a massa? Deu-nos alegrias? Sim, sem dúvida, porém não tanto quanto deveria. Por outro lado insistir em manter a monocultura do futebol é burrice, pois não estamos mais em 1950, época em que só o futebol tinha peso. Grandes estádios, grandes campeonatos, grandes salários, grandes clubes, muitas diretorias, muitos desvios, grandes sonegações. Tudo é grande. Antes de pensarmos na copa de 2014, que ao nosso ver será uma catástrofe, afinal teremos que mascarar diversas situações de desgoverno existentes, temos que saber até que ponto o dinheiro público (que dizem não existir) será aplicado nesse empreendimento megalomaníaco em detrimento de necessidades básicas das esferas menos favorecidas. Temos hoje como caóticas as políticas publicas para saúde, segurança, transportes, educação entre outras. Em vez de estádios de futebol, porque não postos de saúde, escolas, água, saneamento, estradas, presídios. Dizem que os investimentos serão benéficos à população após o evento engano puro o Rio de Janeiro após o Pan esta o mesmo ou até mais violento. Fica a pergunta: E as cidades que não sediarão os jogos, que benefícios terão? Não somos mais 90 milhões em ação...somos 200 milhões com 150 milhões de necessitados e famintos, não podemos fingir e posar de país rico achando que os problemas não existem, temos recursos mas anda não somos ricos. A África do Sul já esta enfrentando seu futuro, com a massa revoltada, pobre e faminta, com baixíssimos salários, trabalhando na construção de estádios megalômanos para atender interesses não muito claros e inexplicáveis. Afinal com tanta urgência em todos os segmentos, sediar uma copa do mundo foi no mínimo, um contra-senso. Novamente, tanto lá na África como aqui, grandes eventos serão realizados, milhões e milhões gastos pelo governo e ganhos pela iniciativa privada, as massas como sempre estarão de figurantes na partilha do bolo entre os incluídos.. Quem viver verá. (www.carvaovermelho.blogspot.com)

Escrito por Daniel Moreira
Sex, 25 de Dezembro de 2009 17:23
Extraído do blog Texto Livre

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