domingo, 15 de julho de 2012

Nenhum homem é obrigado a gostar de futebol para afirmar a masculinidade

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Homem. É a primeira vez que a mídia se refere a data, que já existe a algum tempo. Coincidentemente, caiu no domingo, tradicional dia de jogo de futebol. E como se sabe, futebol, para os brasileiros, não é forma de lazer e sim uma obrigação cívico/social. Por isso mesmo, é considerado obrigação, principalmente para os homens, gostar de futebol. Quem não curte é tratado com antipatia e em muitos casos, excluído do convívio social, o que é um exagero, mas infelizmente possível.

Mas não existe nenhuma lei que obrigue qualquer brasileiro a gostar de futebol, que na verdade é uma mera forma de diversão. E como tal, não pode ser imposta a ninguém. Problema se aquele que não curte não agrada a sociedade. Todos tem o direito de gostar e principalmente de não gostar de futebol. Eu não curto e pronto!

Gostar de futebol não me faz mais ou menos homem. Tem muitos homossexual que adora futebol. A quantidade de mulheres que adoram o esporte só aumenta. Assim como tem muito homem, macho mesmo, que não está nem aí para que caras como o Neymar fazem na vida, profissional ou não.

Nós, homens que não curtem o futebol, temos o direito de passar longe desse esporte que , mesmo com uma inacreditavelmente imensa popularidade - graças a influência midiática, é verdade - não passa de um mero passatempo, uma distração feita para quem não tem nada mais importante a fazer. pelo menos era essa a ideia que estava na mente de Charles Miller quando trouxe o dito cujo ao Brasil. A mídia é que construiu a imagem de "compromisso importante" dada ao futebol e que está arraigada em nossa sociedade, infelizmente.

Eu tenho o direito de não gostar de futebol, de não torcer para nenhum time - imagine, gostar mais de um time do que de seres humanos... - e de me divertir de outra forma durante os jogos de futebol. Um direito que deveria ser respeitado pelas autoridades que praticamente abandonam quem se assume alheio ao massante esporte de massa, principalmente em épocas de copa, quando nossa existência é praticamente ignorada por todos.

Eu tenho esse direito e vou lutar por ele. Não preciso de futebol para afirmar a minha masculinidade. Meu caráter e minha - dura - experiência de vida já fazem isso por mim.

Para os homens que adoram futebol, aproveitem o dia. Para os que não gostam, a luta continua, companheiros! Vamos em frente, sem submeter ao que mídia e sociedade ordenam! O futuro é para homens como nós!

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