quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Globo não perde oportunidade de colocar futebol em outros assuntos

A mídia sempre estimulou o fanatismo futebolístico. tanto é que, para ela, não existe um só brasileiro que prefira ficar alheio ao futebol, chegando a difundir a falsa ideia de que torcedor e brasileiro são sinônimos.

E para reforçar o fanatismo, sempre é bom arrumar um jeito de enfiar o futebol até mesmo quando o foco central não é o fanatizado esporte.

Nos dois casos que aparecem na figura, nota-se um claro forçamento de barra para colocar o citado esporte como se fosse um referencial sério.

O primeiro fala sobre o assassinato de um empresário (vai com o demo!) durante uma blitz policial. O G1, canal de notícias da Globo, fez uma nota enfatizando - como se isso fosse de grave importância - que o tal empresário queria assistir ao jogo do Corinthians (segundo as más línguas, a menina dos olhos dos Marinhos). Precisava lançar uma notícia sobre isso?

Outra, falando sobre a trilha sonora da novela das 21 horas, Avenida Brasil, que tem futebol como trama secundária, mostrou um depoimento do sambista Arlindo Cruz pedindo que haja mais futebol na novela. Arlindo, futebol em novela? Não está satisfeito com a maçante e insistente dedicação que a emissora dá ao esporte? Quer mais? Avenida Brasil é uma novela, não uma edição extra do Globo Esporte (Globo Futebol, para os íntimos)! O autor da novela faz o que quiser com a trama. Se ele quiser tirar o futebol da novela, até pode! Direito dele.

Vai demorar muito para que o futebol deixe de ser uma obrigação em nossa tão alucinada população. Somos um país bem jovem, com pouco mais de 500 anos, o que significa que a nossa sociedade ainda está bem longe de atingir o fim de sua tenra - e interminável - infância.

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