sábado, 11 de fevereiro de 2012

Com a censura na internet, aqueles que não curtem futebol poderão ficar sem direitos



Os EUA, com medo de perder dinheiro com seus produtos, usando o argumento da pirataria, pretende acabar com a liberdade de expressão na internet, criando limites que podem acabar servindo de mordaça digital para quem não comunga dos mesmos interesses dos grandes empresários.

Para isso foram criados a SOPA (Stop On Line Piracy Act, ação de interrupção da pirataria pela internet), PIPA (Protect Internet Protocol Act, ato de proteção ao protocolo de internet) e o mais cruel deles, o ACTA (Anti-Counterfeiting Trade Agreement, Tratado comercial Contra a falsificação), este último, feito para ser adotado internacionalmente.

A origem disso tudo está no aumento de descarregamento de arquivos pela internet e pelo vazamento de informações pelo site Wikileaks, de Julian Assange, este o estopim para a criação dessas medidas.

Apesar de estarem relacionadas a pirataria, há um temor que possa se estender ao direito de opinião. Ou seja, quem defender ideias que discordem daquilo que é defendido pelos poderosos, será vigiado, ou terá a sua opinião de deturpada a bloqueada, correndo inclusive o risco de ter suas contas de internet extintas ou até mesmo ser preso.

E o que o futebol tem a ver com isso?

O futebol é um excelente instrumento de manipulação. Além de gerar uma estratosférica quantia de dinheiro aos envolvidos (clubes, mídia, patrocinadores, etc.), já que torcedor é um gastador fidelíssimo, a sua associação a valores superiores como patriotismo, sociabilização, inclusão social (sic), acaba por criar um fanatismo que transforma o futebol em uma obrigação muito exigida pela sociedade, o que inclusive resulta nesta fidelidade em consumir produtos ligados a ele. É de interesse dos poderosos que o fanatismo do futebol se mantenha, passando de geração a geração.

E por ser assim uma fonte de renda tão garantida e um meio de manipulação tão poderoso, estar de fora do futebol é quase que um crime. A pessoa que admitir que não curte futebol está praticamente excluída da sociedade, ridicularizada ou esnobada pelos que gostam ou fingem gostar.

Mas com essas ações autoritárias, a coisa poderá ser pior, já que para a grande mídia, sobretudo a brasileira, ser "cidadão" e ser "torcedor de futebol" são quase sinônimos. As opiniões que vão contra o fanatismo futebolístico poderão ser caladas, fazendo com que as vozes não-futebolísticas, que já não tem espaço nos outros meios de comunicação, que fingem que os não-torcedores não existem, possam perder o seu único espaço que é a internet.

E aí o "salutar" hábito de curtir futebol se transformará numa imposição rigorosa que perpetuará o fanatismo que transforma milhões de brasileiros em zumbis alienados sem opinião, que fazem tudo que a grande mídia lhes ordena, mantendo intactos os interesses de políticos e grandes empresários.

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