terça-feira, 16 de junho de 2009

A novelinha da Seleção Brasileira de Futebol

Nesta última segunda, começou o que é conhecida como "copa das confederações", com o "esperadíssimo" jogo entre a Seleção Amarelão, vulgarmente conhecida como "Seleção Brasileira de Futebol" ou apenas "Seleção" e a seleção do Egito. Obviamente que ganhou, como um Schumacher de chuteiras.

Dizem que ganhou "com dificuldade", parecendo que os amarelos ganharam "se esforçando" e que são "excelentes jogadores". Mas em tempos de futebol mercenário, o dinheiro é que fala e graças a ele, pode se costurar um enredo fixo que se repetirá em todos os jogos garantindo a vitória e a repercussão dos sortudos amarelados.

Essa novelinha futebolística que se arrasta por zil anos, é criada para manter os alienados felizes com uma ilusão de falso patriotismo e forjando um bom mocismo inexistente nos "coitadinhos" dos jogadores amarelos. Todo mundo sabe que 22 (11 titulares) brutamontes ex-favelados (nada contra eles, mas sabe-se que a maioria é grotesca), com nível de escolaridade baixíssimo, não iriam virar lordes gentis de uma hora para a outra. Mas como o objetivo é fazer com que todos, eu disse TODOS os brasileiros sejam fanáticos por futebol (mais regras sociais, nããããooooo!!!!), formata-se o caráter dos jogadores para que eles possam agradar a pessoas de todos os tipos.

Os joguinhos, nestes tempos de futebol mercenário, tem que gerar lucro, e lucro só se gera, ganhando jogo e subjugando a população, súditos desses reis-de-nada, felizes em sua alienação, enquanto políticos e empresários, passam as suas mãos leves nas carteiras desse mesmo Zé Povinho. Para garantir a vitória e consequentemente os lucros, tem que se criar um enredo que obedece algumas regrinhas básicas:

- No começo, a obrigatória execução do Hino Nacional Brasileiro, para colocar na cabeça dos incautos e incultos de que aquilo não é um evento esportivo e sim um dever cívico. Finjo que acredito.
- O primeiro tempo deve ser difícil, dando oportunidade para o adversário atacar. Aí dá-se a ilusão de que a vitoria foi "suada" e de que realmente os amarelos são "talentosos e esforçados". Continuo fingindo que acredito.
- Intervalo de 15 minutos. Ninguém sabe, ninguém vê, mas algo deve estar acontecendo para que haja uma reviravolta no segundo tempo para garantir a vitória dos amarelos. Deve ser a entrada da "Fada Madrinha" Ricardinho Teixeirinha. E a "fada" vai fazer o quê, ahn? Divinha...
- Segundo tempo triunfante, com frequentes jogadas no campo adversário e gols, que se não muitos, garantem a vitória dos amarelos, fazendo a alegria do nosso povinho autista, que passa a não enxergar qualquer coisa que não esteja relacionada com os sortudos amarelados.

E assim, com esse enredo fixo que se repete em todos os jogos (cada jogo é um capítulo dessa novelinha mofada) gerando vitórias garantidas desde o início das partidas, a tranquilidade e a letargia do povo brasileiro permenecem intactas.

Enquanto isso:
1) aumentam-se os preços de produtos e serviços e, sem aumentar salários, o poder de compra do brasileiro vai caindo, caindo...
2) ao mesmo tempo em que políticos e empresários, sorridentes em suas mansões luxuosas, vão contando os lucros dessa orgia monetária que assola o país.

Como diz o poeta, "Êeeeeh! Oh! Oh! / Vida de gado / Povo marcado / Êh! Povo feliz!..."

Publicado originalmente em 16/06/2009.

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