A última sexta-feira, dia 19, foi o Dia do Futebol. A razão da escolha da data é a fundação do clube mais antigo do país, o Sport Club Rio Grande. Mas por pouco a data não passa despercebida.
Os protestos ocorridos durante a copa das confederações surpreenderam a todos por colocar o futebol, pela primeira vez, em segundo plano, abaixo de interesses bem mais sérios como qualidade de vida. Parecia que, de uma hora para outra, ficou ridículo priorizar o futebol.
E pelo que eu notei, a repercussão foi bem fraca. Mais fraca ainda que a do Dia do Rock (lembrando que rock hoje em dia perdeu muito em popularidade). No Facebook, somente poucas empresas resolveram usar a lembrança da data para vender seus produtos. Fora isso, nenhum sinal. Até porque a vinda do Papa, a acontecer na semana que vem, tem desviado bastante a atenção.
Pode ser que o brasileiro finalmente entendeu que o futebol, embora muito válido, não passa de um mero lazer e sua associação com patriotismo não passa de uma fantasia típica de contos de fada, ilusória e infantil, a ser abandonada com a observação dos fatos.
Vamos ver como será a copa de 2014. A internet tem ajudado muito em desfazer essa imatura associação entre futebol e patriotismo, coisa que a TV aberta ainda nem começou a fazer, já que ganha dinheiro com a transformação do futebol em "dever cívico". Vai depender da reação da população em relação à copa de 2014, já que , como tem sido em todos os anos, desde o início a publicidade irá bombardear anúncios que estimulem o fanatismo futebolístico e sua transformação em "amor cívico".
Pelo menos por enquanto, as coisas aparentam mudar, com uma população insubmissa aos apelos midiáticos. Tomara que continuem assim, pois a rajada publicitária pró-futebol será violenta em 2014.
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