sábado, 30 de junho de 2012

Os 10 anos da copa do "Jeitinho Brasileiro"

Todos sabem que o fanatismo do povo brasileiro pelo futebol é muito forte. Tao forte que chega a transformar o que deveria ser apenas uma distração, um passatempo em uma obrigação cívico/social, chegando a excluir da sociedade quem se recusa em curtir o esporte.

O povo brasileiro também tem a mania de achar que não existe politicagem fora da política. Sabendo disso e conhecendo o fanatismo pelo futebol, autoridades e grandes empresários não medem esforços para manter esse fanatismo bem forte, desviando a atenção da população e transformando o futebol em uma fonte poderosa de alienação, a ponto da população enxergar o mesmo como principal fonte de prosperidade. Ou pior: como substituto legítimo dessa prosperidade, que na verdade nunca chega.

Levando em conta tudo isso, houve um trabalho engenhoso para a conquista desse pentacampeonato. A "seleção" já não tinha bons jogadores (a mitologia brasileira discorda e considera que sempre tivemos grandes jogadores em qualquer geração) e era preciso consagrar o futebol brasileiro para:
- Fortalecer a influência da cartolas brasileiros como Ricardo Teixeira na FIFA
- Armar o esquema para favorecer a sediamento da Copa de 2014 no Brasil.

Observando o comportamento da seleção francesa na copa anterior, a de 1998, em que o país da Torre Eiffel venceu todos os jogos roubando, os cartolas brasileiros, conscientes do "jeitinho" tão famoso ("jeitinho brasileiro" é como é conhecido a capacidade de compensar limitações e dificuldades com atitudes levemente desonestas, sem gerar danos a terceiros) de nosso "folclore", resolveram fazer a mesma coisa que os franceses e voi-lá! Deu no que deu.

O trambique já começou mesmo nas eliminatórias de 2001, quando a "seleção" estava bem mal com sério (sério? Futebol é sério?) risco de não ir a tal copa. Tinha que fazer algo, pois a oportunidade de ganhar muito dinheiro com a copa seria perdida se a "seleção" não fosse. Além disso tinha que manter o mito da "única seleção a nunca faltar uma copa", fortalecendo a ilusão do povo brasileiro.

Falou-se até na estranha desistência da seleção chilena, por "medo" (que ajudou a fortalecer a fama de"imbatível" da "seleção"). Bom, a "seleção" finalmente foi, para a alegria dos alucinados, aqueles que acham que fugir através de ilusões é melhor que resolver os problemas do cotidiano.

E o desempenho pífio da "seleção" foi compensado com muito dinheiro rolando em campo, com o pagamento de adversários para que jogassem mal e favorecerem o desempenho dos amarelos. Em muitos jogos quase sempre se via atuação no campo do adversário, num jogo que aos olhos de leigos pode ter parecido honesto e corriqueiro, mas a olhos de especialistas gerava estranhamento.

Mas como a mutreta ia favorecer o interesse de quem queria ver os amarelos com a posse da taça, desculpa-se tudo e "corre para o abraço". Na final foi estranha a reação dos alemães, que não demostraram tristeza com a derrota, fazendo aquela cara de que houve algo combinado.

E aí, a massa ensandecida, que acha que um título no futebol vai trazer a prosperidade para a população, tratou logo de ignorar qualquer coisa para comemorar o título alcançado. Um título abstrato, que nada melhorou a vida da população, pelo contrário, fortalecendo o futebol como maior fonte de ilusões e transformando o Brasil no quintal do mundo, uma espécie de "Disneylândia" para que os estrangeiros possam se divertir à vontade. O futebol se tornou um verdadeiro LSD para o transe coletivo de toda a população.

É preciso acordar a população desse lindo sonho encantado do futebol, onde um bando de analfabetos de origem mísera, de uma hora para outra se tornam muito influentes na sociedade, quase como heróis da pátria, só porque conseguem chutar uma mera bolinha em uma mísera rede.

Valeu toda a roubalheira. Os políticos andam dando muitas lições a muita gente em nosso país.

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