
Ao voltar para Niterói, já amadurecido, notei algo similar que não havia me tocado antes de morar na capital baiana: os cariocas fazem o mesmo, só que em relação a futebol. Aqui no Estado do Rio, se você diz que não tem time de futebol é considerado ofensivo. Como se a não adesão ao futebol fosse uma atitude do tipo "eu não quero ter amigos". Como se o torcedor achasse que um não-entusiasta do futebol fosse uma ameaça à sociedade.
Isso é ao mesmo tempo um preconceito e uma falta de respeito a liberdade do outro. Não existe lei que obriga uma pessoa a gostar de futebol, mas existe lei que não obriga ninguém a fazer algo quer a lei não obrigue. Ou seja, a liberdade é um direito. Viver diferente da maioria é um direito e deve ser respeitado.
Quem não respeita os não-torcedores, não merece respeito. Respeito aliás, que os torcedores tem a rodo, abundantemente, de toda a sociedade, mídia e autoridades.
Quem precisa de respeito é quem não gosta de futebol. A esses, respeito é uma palavra tão rara...
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