
Isso acontece em vários setores, mas é ainda mais evidente no futebol, que dá a oportunidade do brasileiro de fazer o papel de ridículo sem ser visto como tal. Afinal, quando milhões agem de forma ridícula, ninguém é visto como ridículo. Ou no caso do futebol, ridículo é quem não age como ridículo.
Que tipo de benefício alguém consegue com a vitória de um time ou de "seleção"? Dá para perceber neste caso a infantilidade do torcedor, que na verdade se encontra diante de uma brincadeira - literalmente falando - defaz de conta, onde quem brinca são os adultos. Cria-se uma fictícia associação com o patriotismo e todo mundo brinca de "patriota", numa brincadeira que de tão incessante acaba sendo levada a sério, sobretudo pelos telejornais.
E graças a essa confusão entre a brincadeira e a seriedade do futebol (onde ninguém conhece o limite entre a diversão ou a seriedade), que muitos estão ansiosos com a onerosa copa de 2014, já que para os admiradores (os espontâneos e os obrigados também) do futebol, é fascinante ver o seu esporte favorito ter o seu mais importante evento ocorrendo no país onde mora. O desejo é tanto que não são medidos gastos nem consequências para tal. E alguém que seja imaturo pensaria isto.
O futebol dá a oportunidade do brasileiro de berrar, pular, beijar bandeiras e outras atitudes que destoadas do futebol seriam vistas como gafes. E é essa oportunidade de ridicularização perdoada que faz do futebol uma oportunidade única para os brasileiros soltarem seus instintos primitivos, provando ao mundo porque é conhecido como o povo mais imaturo e fútil do planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.