COMENTÀRIO DESTE BLOG: É duro saber que o nosso país, uma democracia política, ainda não é uma democracia no que se diz a preferência esportiva. Além de ser desprezado e até humilhado, quem não gosta de futebol não tem o direito nem de protestar.
Mas o site do Terra se lembrou de nós e postou um texto sobre o assunto. Texto que com certeza não estará em nenhuma das mídias das Organizações Globo, dona da CBF e maior interessada na manutenção do mito da "Pátria de Chuteiras".
Veja os argumentos de quem odeia Copa e "rema contra a maré"
Rafael Gomes - site Terra
Copa do Mundo, Brasil cinco vezes campeão e um dos favoritos ao título, torcida reunida, verde e amarelo no ar e na terra, enfim, um clima que contagia qualquer um que estiver em volta, certo? Errado. Existem sim brasileiros que, no real sentido da palavra, odeiam o mais famoso torneio de futebol do planeta - e exibem argumentos contrários à competição envolvendo até questões culturais e governamentais. Publicitário e moderador de uma comunidade virtual sobre o tema com mais de 1,2 mil membros, Bruno Figueiredo, 23 anos, é um dos que sofrem a cada quatro anos, mas não com um gol perdido ou, pior, um sofrido: o sacrifício para ele é ter que "remar contra a maré".
Ao Terra, ele traduz não só seu sentimento, como também o dos colegas internautas que se reúnem - principalmente em dias de jogos do Brasil - para discutir o tema: é duro ir contra a maioria apaixonada pela Seleção em Copas do Mundo. "É complicado, porque quem não gosta de Copa fica meio sem alternativa. Cinema não funciona, toda a programação da TV gira em torno da Copa, até as empresas param de funcionar. O jeito é ouvir música alta e navegar na Internet mesmo", diz Bruno, crítico do Mundial "desde criança". "Acho que nasci odiando a Copa", afirma.
E como explicar esse sentimento atípico em relação à Copa? "Primeiro porque não gosto de futebol e acho desnecessária toda a mobilização que ele gera na população em geral, não apenas na Copa", diz. "O povo brasileiro não é muito engajado em causas políticas e sociais, mas quando se fala em futebol, Copa do Mundo e BBB, a mobilização e o fanatismo são totais", completa Bruno, dizendo-se "realmente triste quando vê um jovem humilde brasileiro ter como sonho ser jogador de futebol, por ser a única forma que ele acredita ser possível para se tornar bem sucedido".
Diante disso, cabe a Bruno protestar contra o que ele avalia como negativo para a sociedade e encarar as críticas de quem pensa diferente. "Por ser algo tão universal, as pessoas não entendem muito quem não gosta", diz. Além disso, o publicitário também costuma trocar ideias com quem o defende nessa polêmica e esclarece: sua raiva é direcionada apenas à Copa do Mundo. "Gosto de outros esportes, mas o fanatismo estúpido em torno do futebol me irrita muito e por isso não torço por nenhum time", afirma. "Acho que o grande evento mundial esportivo deveria ser a Olimpíada, que engloba esportes e atividades para todos os gostos".
Mas o site do Terra se lembrou de nós e postou um texto sobre o assunto. Texto que com certeza não estará em nenhuma das mídias das Organizações Globo, dona da CBF e maior interessada na manutenção do mito da "Pátria de Chuteiras".
Veja os argumentos de quem odeia Copa e "rema contra a maré"
Rafael Gomes - site Terra
Copa do Mundo, Brasil cinco vezes campeão e um dos favoritos ao título, torcida reunida, verde e amarelo no ar e na terra, enfim, um clima que contagia qualquer um que estiver em volta, certo? Errado. Existem sim brasileiros que, no real sentido da palavra, odeiam o mais famoso torneio de futebol do planeta - e exibem argumentos contrários à competição envolvendo até questões culturais e governamentais. Publicitário e moderador de uma comunidade virtual sobre o tema com mais de 1,2 mil membros, Bruno Figueiredo, 23 anos, é um dos que sofrem a cada quatro anos, mas não com um gol perdido ou, pior, um sofrido: o sacrifício para ele é ter que "remar contra a maré".
Ao Terra, ele traduz não só seu sentimento, como também o dos colegas internautas que se reúnem - principalmente em dias de jogos do Brasil - para discutir o tema: é duro ir contra a maioria apaixonada pela Seleção em Copas do Mundo. "É complicado, porque quem não gosta de Copa fica meio sem alternativa. Cinema não funciona, toda a programação da TV gira em torno da Copa, até as empresas param de funcionar. O jeito é ouvir música alta e navegar na Internet mesmo", diz Bruno, crítico do Mundial "desde criança". "Acho que nasci odiando a Copa", afirma.
E como explicar esse sentimento atípico em relação à Copa? "Primeiro porque não gosto de futebol e acho desnecessária toda a mobilização que ele gera na população em geral, não apenas na Copa", diz. "O povo brasileiro não é muito engajado em causas políticas e sociais, mas quando se fala em futebol, Copa do Mundo e BBB, a mobilização e o fanatismo são totais", completa Bruno, dizendo-se "realmente triste quando vê um jovem humilde brasileiro ter como sonho ser jogador de futebol, por ser a única forma que ele acredita ser possível para se tornar bem sucedido".
Diante disso, cabe a Bruno protestar contra o que ele avalia como negativo para a sociedade e encarar as críticas de quem pensa diferente. "Por ser algo tão universal, as pessoas não entendem muito quem não gosta", diz. Além disso, o publicitário também costuma trocar ideias com quem o defende nessa polêmica e esclarece: sua raiva é direcionada apenas à Copa do Mundo. "Gosto de outros esportes, mas o fanatismo estúpido em torno do futebol me irrita muito e por isso não torço por nenhum time", afirma. "Acho que o grande evento mundial esportivo deveria ser a Olimpíada, que engloba esportes e atividades para todos os gostos".
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