quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Para os brasileiros, futebol ainda tem a obrigação de ser levado a sério

Quando aconteceu os surpreendentes protestos de junho, muita gente aproveitou para pedir "respeito" para os jogadores da "seleção" e para o futebol como instituição, como se isso nada tivesse a ver com a construção de estádios para a copa. 

Na verdade, as pessoas queriam a todo o custo proteger o futebol brasileiro, sobretudo a "seleção" de ser visto como algo supérfluo (o que, cá para nós, é de fato). A maioria dos brasileiros cresceu, sonhou e até amou com o mito de que o futebol é nosso maior orgulho, é algo sério, necessário e seu culto, além de obrigatório, é extremamente indispensável. Isso é uma crendice puramente irracional, mas imagine milhões de pessoas educadas com este pensamento, martelado com frequência durante muitas décadas. Quase impossível demover a população desta crença absurda.

Para estes, os protestos poderiam até continuar, desde que direcionados exclusivamente aos políticos e aos "antipáticos" cartolas, os gestores dos times e confederações esportivas. Aos jogadores, todo o carinho do mundo pois, segundo essa crendice, são "soldados a lutar pelo bem estar dos brasileiros e pela honra de nossa pátria". Mais patético impossível. 

É um verdadeiro forçamento de barra para que o fanatismo do futebol permaneça e que nada se resolva. O futebol é ainda uma verdadeira rota de fuga para quem se recusa a resolver os problemas sociais que a cada dia se tornam mais crônicos e difíceis de se resolver.

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