Para quem não curte futebol como eu, só há uma coisa que consegue ser pior que um jogo de 90 minutos e o fanatismo de milhões de alienados: os programas de debates esportivos, conhecidos como debate-bolas, já que não são exatamente esportivos e sim, futebolísticos.
Não há nada mais retrógrado que programas desse tipo, que tem como únicos objetivos: dar um verniz sério ao futebol e discutir o sexo da bola. Se em programas desse tipo, o futebol é tratado com seriedade, o mesmo não pode se dizer dos programas em si. Muita gracinha gratuita, feita por comediantes medíocres.
Sabe aquelas comédias de stand-up americanas em que a platéia, enfurecida pela rajada de piadas sem-graça, ao invés de dar risada, atira tomates no comediante. Pois é. Os "comediantes" do mesmo nível aprecem nesses programas, sobretudo os que tem "rock" no nome. E só no nome, porque de rock esses programas nada tem. A não ser que caia da ribanceira uma pedra gigantesca em cima do estúdio onde está acontecendo o tal debate-bola (igualzinho ao que aconteceu no Morro do Bumba, em Niterói). Aí, sim é o maior rock'n'roll. Não é inútil avisar que no Brasil, rock nada tem a ver com o futebol: até porque é o gênero mais desprezado pelos próprios jogadores, que só conseguem gostar de música de péssima qualidade.
Esses programas são de uma chatice sem fim. Não sei porque emissoras de TV e rádio ligados à juventude resolvem investir em algo tão arcaico, caquético e que não desperta o mínimo interesse da maioria dos torcedores, gente com neurônios a menos que só estão a fim de gritar gol e partir para a bebedeira depois do jogo.
Pelo jeito, inteligência e futebol não são coisas que costumam andar juntas. Até deveriam, mas não andam. Uma pena.
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