quarta-feira, 6 de março de 2013

Yes, nós temos tênis

OBS: Acredito que a impopularidade do tênis no Brasil se deve em conta a um preconceito por ele ser um esporte típico das elites. No lazer, não só no esporte, convencionou-se a se admirar apenas aquilo que vem das classes excluídas. O MMA e o futebol são populares por causa disso.

Ou seja, rico e/ou intelectual só serve para assuntos sérios (leis, dinheiro, política) e o lazer tem que vir "da rua", das classes pobres (de baixa escolaridade e ainda mais baixa capacidade de discernimento). Igualzinho como na Idade Média, quando os bobos da corte eram recrutados em áreas mais pobres. 

Ficou assim: substitui-se um preconceito (contra pobres/burros) por outro (contra ricos/intelectuais).

Mudando, mas ainda falando sobre tênis, esse é um esporte que eu gostaria de praticar. O tipo de agilidade exigida é compatível com as minhas capacidades.

Yes, nós temos tênis

Álvaro José - Portal R7 (Record)

Os derrotistas de plantão viam um futuro negro para o Brasil na Copa Davis de tênis. A competição começou em 1900 e é a mais antiga disputa entre países de toda história do esporte. Tudo começou quando os norte-americanos, liderados por Dwight Davis, decidiram desafiar os britânicos. Dwight Davis mais tarde se tornaria secretário da guerra nos EUA e governador das Filipinas, mas se tornou conhecido por criar a competição.

Os norte-americanos são os maiores vencedores com 32 títulos, de 1900 a 2007. Assim, quando os brasileiros começaram a disputa na Flórida contra os donos da casa, pouca gente acreditava que uma vitória seria possível. No primeiro dia, dois triunfos norte-americanos, com Sam Querrey e John Isner. Sábado, segundo dia e o jogo de duplas, decisivo.

Bruno Soares e Marcelo Mello pelo Brasil e os irmãos Bryan pelos EUA, a melhor dupla do mundo, campeã do Aberto da Austrália no início deste ano. Inspirados, os brasileiros venceram por 3 x 2. Resultado surpreendente num jogo emocionante. No terceiro e último dia da disputa, Thomaz Bellucci conquistou a mais importante vitória da sua carreira: bateu John Isner, número 1 dos Estados Unidos, dentro de casa. Outro jogo de cinco sets, outra vitória brasileira.

O tudo ou nada ficou para o quinto jogo e Thiago Alves, número 141 do mundo, não resistiu a Sam Querrey que estava no piso certo para seu jogo. A quadra rápida favoreceu o norte-americano,  melhor ranqueado. Três sets a um para Querrey numa demonstração que o Brasil pode ficar sim no grupo mundial. Agora é o playoff.

Durante a segunda rodada do Grupo mundial, teremos a classificação continental. Os vencedores dos zonais enfrentam os perdedores da primeira rodada do Playoff, quem vence joga o Grupo Mundial. O Playoff será jogado de 13 a 15 de setembro e o Brasil tem uma boa chance de ficar na elite do tênis. Essa é a nossa torcida.

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