quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Após afundar Palmeiras, Felipão é "premiado" com posto de técnico da "copa do Brasil"

Melhor impossível. Nada como levar um time para a derrota e ser chamado para comandar a "seleção" por causa disso. Parece que todo mundo esqueceu a derrota que levou o Palmeiras para o ralo.

A mídia toda está celebrando a volta de Felipe Scolari, o Felipão para o comando da "seleção". Os trouxas agora podem ficar tranquilos que o "país" agora tem "presidente". Alienados odeiam anarquias e amam líderes. Mesmo que esses líderes governem para si mesmos.

E por confundir "seleção" com o próprio país, os brasileiros tratam com absoluta seriedade a escolha de um técnico de futebol, mais do que a de um Presidente da República.. A propaganda da Coca com o Huck mostra isso, colocando uma bandeira do Brasil nas costas de um pobre coitado que só pensa em futebol, achando que isso traga melhorias para o país.

E a mídia, em deleite, faz longas e mais longas reportagens, só para dizer que o Felipão voltou a seleca. Fazer associações ao penta conquistado na mutreta, na compra de adversários, no "jeitinho brasileiro", é "primordial". É bom fazer a população alienada se comover com a vitória inútil, mas desejada, como uma criança que recebe um cara vestido de Mickey Mouse em sua casa.

Povo otário deve estar feliz mesmo, pois para conquistar o hexa, nada melhor que ter o mesmo técnico do penta. Neymar, o babaca, deverá sair como "herói" máximo da nação, após a festinha tola.

Scolari é um bom técnico. O Palmeiras na verdade perdeu por falta de sorte. Apesar de ganho no roubo, a "seleção" foi bem treinada por ele. Mas faltou bons jogadores. 

Na era da mediocridade, até o futebol tá na onda, pois desde o final dos anos 80, fomos contaminados pelo futebol-negócio, tendo no lugar de craques, um bando de estrelinhas que só fazem o correto em campo e o errado fora dele. Com jogadores assim, ser o melhor do mundo só se for no cambalacho. Na desonestidade mesmo. Até porque estamos acostumados a trapacear no nosso cotidiano, porque não em uma copa?

Mas a associação com a copa de 2002, pelo fato de ter o mesmo técnico,  é o que anima a "torcida", achando que com isso - e brasileiro é muito místico - a vitória supérflua seja garantida. Para dar uma prótese de alegria falsa a quem não consegue - por ignorância e má vontade - adquirir a verdadeira e permanente felicidade.

Felipe pode até treinar com qualidade. Mas na hora do aperto, a grana oferecida pelos "cartolas" da CBF é que fará diferença nos momentos decisivos, para o bem da ilusão coletiva nacional.

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