terça-feira, 1 de maio de 2012

Futebol, esporte de fanáticos, de alienados... e de hipócritas também!

Em nosso país, o fato de gostar de futebol é considerado uma exigência social, quase uma etiqueta. Quem não curte futebol é jogado para um canto, tachado de "antipático" e "de mal com a vida", muitas vezes perdendo alguns direitos, que só a vida social constante pode favorecer.

E graças a essa obrigação social, muita gente excelente nível de instrução e de grandes posses financeiras, acaba aderindo ao futebol, se esquecendo que é o mesmíssimo esporte cultuado pelos pobres e/ou analfabetos que costumam renegar. Até os jogadores de futebol vem de origens paupérrimas, usando o esporte para se evoluírem materialmente - pois intelectualmente evoluem muito pouco, somente ao que a etiqueta exige.

Futebol contribui para a decadência cultural

Desde os anos 90, aconteceu no Brasil um fenômeno chamado de "novos ricos" ou emergentes, com pessoas de classes baixas que se tornavam ricos de uma hora para a outra, mas sem eliminar gostos, costumes e crenças que possuíam, quando eram pobres. Com a multiplicação deles, os ricos tradicionais tiveram que repensar seus costumes, descobrindo poderiam ser ridículos sem precisar desobedecer as regras de etiqueta.

E  isso resultou em festas chiques com péssimas trilhas sonoras, gírias, atitudes promíscuas, bebedeira, vulgaridade, etc. Gasta-se muito com pompa, para manter a aparência de "chiques", mas indo a estas festas percebe-se que o glamour é pura fachada.

E aí entra o futebol, onde vemos respeitáveis advogados, médicos, engenheiros, publicitários e até executivos e empresários, conversando sobre as jogadas do final de semana do mesmo jeito que os favelados fazem em seus botecos de esquina, mostrando que para os brasileiros, a sociedade vai se "evoluir" através da decadência cultural, com todo mundo posando de favelado, seja qual for tamanho da renda do final do mês.

Futebol une as pessoas. Mas quando o futebol acaba, a desunião volta

O curioso é que se entrar algum favelado como penetra de alguma destas festas, logo será expulso, numa verdadeira prova de hipocrisia de nossa "alta sociedade" brasileira, que finge gostar de pobre, quer agir como pobre, sambar como pobre, se divertir como pobre, tranformando suas mansões em réplicas "bem acabadas" de lajes periféricas. 

Mas na hora de agradar algum pobre, ajudando-o a tirar da sua situação miserável, nem adianta torcer para o mesmo time. Onde entra dinheiro e benefícios, ricos e pobres passam a fazer parte de torcidas rivais, sempre. Não há vitória de time algum que resolva esta injustiça.


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